Estimativa vê queda de 4% do PIB em 2016 e de 0,2% em 2017.
Banco Mundial cita aumento do desemprego e crise política em relatório.
O Banco Mundial (Bird)
piorou as estimativas para a economia do Brasil nos próximos anos. Em
relatório divulgado nesta terça-feira (7), o Bird aumentou a previsão de
queda do PIB do país para este ano e o próximo, com previsão de
retomada do crescimento apenas em 2018. Em janeiro, a previsão era que a
economia brasileira voltaria a crescer já em 2017.
Segundo a nova estimativa, o PIB brasileiro encolherá 4% em 2016, uma piora em relação à última previsão, que era de queda de 2,5%.
Para 2017, a previsão anterior era de crescimento de 1,4% do PIB em 2017. Agora, o Bird prevê queda de 0,2% para o ano que vem, citando tentativas de políticas de aperto econômico, aumento do desemprego, redução da renda das famílias e incertezas políticas.
Ainda segundo a nova previsão do Bird, o Brasil deve voltar a registrar resultado positivo do PIB em 2018 com crescimento de 0,8%. O número, no entanto, representa uma piora em relação ao relatório de janeiro, quando era estimado um crescimento de 1,4%.
O PIB do Brasil caiu 0,3% nos três primeiros meses de 2016, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no 5º trimestre seguido de queda. Em 2015, a economia do país teve uma retração de 3,8%, o pior resultado em 25 anos e pior que a queda de 3,7% esperada pelo Banco Mundial.
Para a América Latina e Caribe em geral, a previsão do Bird é de encolhimento econômico de 1,3% em 2016, com retomada do crescimento em 2017.
Entre os emergentes
As previsões para o Brasil estão distantes dos números estimados para os países emergentes como um todo. Para esse grupo, é estimado crescimento de 3,5% em 2016, de 4,4% em 2017 e de 4,7% em 2018. Os números, porém, representam queda na comparação com o relatório de janeiro, quando o Bird previa para a região crescimento de 4,1%, 4,7% e 4,9% para os próximos anos.
Entre as principais economias emergentes, o Brasil é destaque negativo
entre as previsões ao lado da Rússia, que também deve continuar em
recessão em 2016 e encerrar o ano com recuo de 1,2% do PIB.
Porém, as previsões para a economia russa nos anos seguintes melhoraram, e o país deve voltar a crescer já em 2017, com alta de 1,4% do PIB, seguida de nova expansão em 2018, de 1,8%, segundo o Bird.
Para a China, a previsão é de crescimento de 6,7% do PIB em 2016 e de 6,5% em 2017, a mesma previsão de janeiro. Já a Índia e a África do Sul tiveram piora nas revisões na comparação com o relatório de janeiro, mas ainda com estimativa de crescimento do PIB para os próximos anos.
Segundo o Bird, o PIB da Índia deve subir 7,5% em 2016, 7,7% em 2017 e 7,7% em 2018. Para a África do Sul, os números previstos são de 0,6%, 1,1% e 2%, respectivamente.
"Um fenômeno que merece cautela é o rápido aumento da dívida privada em várias economias emergentes e em desenvolvimento. Na sequência de um surto de empréstimos não é raro se quadruplicarem empréstimos bancários inadimplentes como parcela de empréstimos brutos", afirmou em nota Kaushik Basu, economista-chefe e vice-presidente sênior do Bird.
Outros países
O Bird diminuiu a expectativa de crescimento da economia do mundo como um todo para os próximos anos.
A expansão prevista para 2016 passou de 2,9% para 2,4%, diante de um
cenário de crescimento lento das economias avançadas, preços de produtos
básicos insistentemente baixos, comércio global fraco e retração dos
fluxos de capital. A previsão de crescimento para 2017 caiu de de 3,1%
para 2,8%. A de 2018, de 3,1% para 3%.
Entre os países desenvolvidos, a previsão também piorou. Segundo o Bird, esse grupo deve registrar crescimento econômico de 1,7% em 2016 (contra previsão de 2,2% em janeiro), 1,9% em 2017 (contra previsão de 2,1% em janeiro) e 1,9% novamente em 2018 (contra previsão de 2% em janeiro).
Previsões para o PIB do Brasil
Crescimento em % por ano
Fonte: Bird
Para 2017, a previsão anterior era de crescimento de 1,4% do PIB em 2017. Agora, o Bird prevê queda de 0,2% para o ano que vem, citando tentativas de políticas de aperto econômico, aumento do desemprego, redução da renda das famílias e incertezas políticas.
Ainda segundo a nova previsão do Bird, o Brasil deve voltar a registrar resultado positivo do PIB em 2018 com crescimento de 0,8%. O número, no entanto, representa uma piora em relação ao relatório de janeiro, quando era estimado um crescimento de 1,4%.
O PIB do Brasil caiu 0,3% nos três primeiros meses de 2016, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no 5º trimestre seguido de queda. Em 2015, a economia do país teve uma retração de 3,8%, o pior resultado em 25 anos e pior que a queda de 3,7% esperada pelo Banco Mundial.
Para a América Latina e Caribe em geral, a previsão do Bird é de encolhimento econômico de 1,3% em 2016, com retomada do crescimento em 2017.
Entre os emergentes
As previsões para o Brasil estão distantes dos números estimados para os países emergentes como um todo. Para esse grupo, é estimado crescimento de 3,5% em 2016, de 4,4% em 2017 e de 4,7% em 2018. Os números, porém, representam queda na comparação com o relatório de janeiro, quando o Bird previa para a região crescimento de 4,1%, 4,7% e 4,9% para os próximos anos.
Estimativas para o PIB
Previsões para 2016, 2017 e 2018
Fonte: Bird
Porém, as previsões para a economia russa nos anos seguintes melhoraram, e o país deve voltar a crescer já em 2017, com alta de 1,4% do PIB, seguida de nova expansão em 2018, de 1,8%, segundo o Bird.
Para a China, a previsão é de crescimento de 6,7% do PIB em 2016 e de 6,5% em 2017, a mesma previsão de janeiro. Já a Índia e a África do Sul tiveram piora nas revisões na comparação com o relatório de janeiro, mas ainda com estimativa de crescimento do PIB para os próximos anos.
Segundo o Bird, o PIB da Índia deve subir 7,5% em 2016, 7,7% em 2017 e 7,7% em 2018. Para a África do Sul, os números previstos são de 0,6%, 1,1% e 2%, respectivamente.
"Um fenômeno que merece cautela é o rápido aumento da dívida privada em várias economias emergentes e em desenvolvimento. Na sequência de um surto de empréstimos não é raro se quadruplicarem empréstimos bancários inadimplentes como parcela de empréstimos brutos", afirmou em nota Kaushik Basu, economista-chefe e vice-presidente sênior do Bird.
Outros países
O Bird diminuiu a expectativa de crescimento da economia do mundo como um todo para os próximos anos.
Entre os países desenvolvidos, a previsão também piorou. Segundo o Bird, esse grupo deve registrar crescimento econômico de 1,7% em 2016 (contra previsão de 2,2% em janeiro), 1,9% em 2017 (contra previsão de 2,1% em janeiro) e 1,9% novamente em 2018 (contra previsão de 2% em janeiro).
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