MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 31 de março de 2016

Situação desesperadora, chances de Dilma diminuem a cada dia


Charge do Iotti, reprodução da Zero Hora
Carlos Newton
Os ministros do chamado núcleo duro tentam demonstrar otimismo com a volta de Lula, que desde a noite de terça-feira está em Brasília mantendo sucessivas reuniões com os dirigentes dos partidos que supostamente ainda estão na base aliada, mas já começaram a costear o alambrado, como dizia Leonel Brizola ao se referir aos desertores. Lula também opera “no varejo”, como diz ele, ao  conversar individualmente com deputados dessas legendas, enquanto os assessores do Planalto fazem e refazem os cálculos das expectativas da votação na Câmara, que será no próximo dia 17 ou, no mais tardar, no dia 24 de abril.
O Planalto só tem garantidos os votos das bancadas do PT, PCdoB, PSOL e PDT. Representam um total de apenas 96 votos. Portanto, Lula tem de se virar para arranjar mais 75 deputados dispostos ao sacrifício de apoiar um governo que nem existe mais.
Acontece que nem mesmo esses 96 votos de PT, PCdoB, PSOL e PDT podem ser considerados garantidos, pois há possibilidades de defecções, inclusive na bancada petista, vejam a que situação chegou o governo Dilma.
LIBEROU GERAL
Lula insiste, tenta convencer os dirigentes, mas a resposta é sempre a mesma: os partidos estão liberando as bancadas, seguindo o exemplo do PSD de Gilberto Kassab (31 votos), que venceu na vida como corretor de imóveis e sabe fazer negócio. Liberar a bancada  significa que não diz sim nem não, e pode continuar usufruindo das benesses do poder sem nenhum ônus. Assim, na hora da verdade os deputados do PSD não terão o menor compromisso de votar contra Dilma. Até agora, 70% (21 votos) já se manifestaram a favor do impeachment.
O mesmo acontece com outros dois partidos importantíssimos para decidir a questão, o PP e o PR, que também não aceitaram as propostas de Lula, liberaram as bancadas e vão aguardar a Comissão de Impeachment, que fará a votação dia 12.
Tradução simultânea: os três partidos já se acertaram também com o PMDB. Ou seja, se no dia 12 a Comissão recusar o pedido de impeachment, o PP, o PR e o PSD aceitam os ministérios oferecidos por Lula e ficam no governo. Porém, se a Comissão aprovar o impeachment, o PP (49 deputados), o PR (40 deputados) e o PSD (31 deputados) fecham com Temer e dão adeus às ilusões.

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