03 de dezembro de 2015, 00:10
O jurista Hélio Bicudo, um dos autores
do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff junto com Miguel
Reale Júnior, disse em entrevista ao G1 na noite desta quarta-feira (2)
em sua casa, em São Paulo, que o deputado federal Eduardo Cunha “atuou
como presidente da Câmara” ao aceitar o requerimento.
Bicudo disse também que não acredita que
esse pedido agrave a crise. “Acho que é maneira de tirar combustível da
fogueira, porque o governo compromete a vida financeira e política do
povo”, afirmou Bicudo. Para ele, a presidente Dilma Rousseff “se compara
a uma santa sem pecados”. Dilma negou “atos ilícitos” em sua gestão e
afirmou que recebeu com “indignação” a decisão do peemedebista Eduardo
Cunha.
O pedido de Bicudo foi entregue a Cunha em 21 de outubro. Na ocasião,
deputados da oposição apresentaram ao presidente da Câmara uma nova
versão do requerimento dos dois juristas para incluir as chamadas
“pedaladas fiscais” do governo em 2015, como é chamada a prática de
atrasar repasses a bancos públicos a fim de cumprir as metas parciais da
previsão orçamentária. A manobra fiscal foi reprovada pelo Tribunal de
Contas da União (TCU).(Toda Bahia)
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