O ano de 2015 chegou ao fim. Momento para um balanço, refletirmos sobre o que deu certo e errado, e projetarmos quais serão os desafios para o ano que chega.
Não há como negar que 2015, foi um ano extremamente ruim para os brasileiros, pois o País travou!
Nos últimos anos, alertamos para o fracasso a que nos levaria a atual política econômica, fragilizada pelo descaso aos fundamentos básicos que propiciaram a estabilidade alcançada com muita dificuldade pela sociedade nas últimas décadas.
A exemplo do que foi o primeiro mandato, a presidente Dilma Rousseff não apresentou uma visão estratégica, e as medidas para estimular a economia, pontuais e estáticas, não surtiram efeito. Pelo contrário: o debate sobre a situação econômica praticamente inexistiu diante da conjuntura institucional que assombrou o País.
Os desarranjos causados pela ineficiência da condução da política pública impediram avanços no setor de infraestrutura, nas reformas estruturais, na redução dos gastos públicos, que causaram a queda na produtividade e da competitividade da indústria nacional.
O PIB em 2015, que tinha previsão de aumento de 3,50% passou a realidade da queda de 3,62%.
Vivemos uma crise de confiança sem precedentes. O Brasil enfrentou um desastre após o outro, graças a irresponsabilidade dos governos do PT, com uma recessão já beirando a depressão econômica e ainda o desemprego, que chegou a 8,9% em setembro de 2015, a inflação que compromete o poder aquisitivo dos salários, o endividamento e a queda da renda das famílias.
Ao invés de adotar políticas públicas perenes e estáveis, o governo federal produziu uma série de remendos. Primeiro vieram as medidas populistas adotadas para se manter no poder. Depois, vieram os aumentos sucessivos dos preços da energia elétrica, dos combustíveis e dos serviços públicos. Por fim, vieram os ataques aos programas sociais como o brusco corte no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), a restrição no seguro-desemprego, no abono salarial e na aposentadoria.
O governo da presidente Dilma vem, insistentemente, errando em suas decisões, desde as gravíssimas pedaladas fiscais, até os decretos não numerados que autorizavam gastos acima do previsto pelo Orçamento, e as violações das Leis de Diretrizes Orçamentárias e de Responsabilidade Fiscal.
Para 2016, fica uma tarefa: trabalhar para fazer o País andar. Precisamos formular uma linha econômica que amparada em amplo e aberto debate, garanta uma estabilidade e permita uma previsibilidade.
Passar pelo necessário ajuste fiscal sem colocarmos em xeque os benefícios sociais que contribuíram para a redução da desigualdade e a ascensão social de milhões de famílias.
Recuperado o equilíbrio econômico, poderemos arrumar as contas do governo e restabelecer a confiança, recuperar a previsibilidade, aprofundar a política de concessões e de parcerias público-privadas. Assim, retomarmos o crescimento, esse sim capaz de garantir e promover o emprego e a renda.
Mas fica a convicção de que somente um novo governo será capaz de resgatar a credibilidade que o País perdeu e devolver aos brasileiros a confiança no próprio futuro.
29/12/2015
Arnaldo Jardim é deputado federal licenciado (PPS-SP) e secretario de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
Que venha um Ano melhor
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