Candidato ao Senado pela chapa oposicionista baiana, encabeçada por Paulo
Souto (DEM), o ex-ministro do governo Lula (PT), Geddel Vieira Lima (PMDB),
“desceu o sarrafo” na presidente Dilma Rousseff (PT), durante entrevista ao
programa Acorda Pra Vida, da Rede Tudo FM 102,5 e avaliou que a chefe do
Executivo nacional não tem vocação para diplomacia, ao justificar a migração
para oposição. “Percebemos que, grandes conquistas do governo Lula, estão se
perdendo. Isso é do estilo da presidente: concentradora, autoritária e de
difícil forma de entender as diferentes correntes. A presidente não tem vocação
para isso. É uma sensação de basta. Já deu”. Geddel Vieira Lima foi
vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa, no governo de Rousseff, mas isso
não lhe causa constrangimento, mesmo com o PMDB nacionalmente apoiando a
reeleição de Dilma que tem Michel Temer (PMDB) candidato à vice. “A minha
posição era claríssima e foi comunicada. Não me causa constrangimento apoiar a
chapa de Aécio na esfera nacional e não a aliança de Michel Temer com Dilma”.
No cenário baiano, Vieira Lima preferiu não entrar no mérito da discussão sobre
a quantidade de companheiros na convenção que homologou Rui Costa (PT),
candidato a governador, após a polêmica de que o número anunciado pelo PT, de
acordo com parte da oposição, seria de militantes pagos. “Isso pra mim é
conversa para boi dormir. Eu fiz uma convenção em 2010, no Whet’n Wild e
disseram que tinha um número parecido e não ganhei a eleição”. Ainda no cenário
baiano, o peemedebista voltou a criticar a publicidade do governo. “A
propaganda não é verdadeira. Tentam iludir as pessoas. Faz uma propaganda
casada na outra, propaganda para ‘musiquinha’, com o nosso dinheiro. Esse é o
debate que devemos estabelecer com a sociedade (...) A Bahia teve perdas... Tem
muita propaganda e o fato é irreversível. O governo faz propaganda dos viadutos
do aeroporto, construídos no primeiro ano de gestão com recursos da
Infraero...”, criticou. Sobre o apoio ao DEM Geddel assinalou que Souto não tem
o direito de errar. “Fiz um enfrentamento correndo todos os riscos. E achamos
que Paulo Souto, hoje, pode olhar para trás, ver erros que pode ter cometido.
Ele não tem o direito de errar e está preparado para enfrentar gerencialmente
os problemas que estão aí”, apostou.
Fonte: Bahia Notícias / BLOG ARI RODRIGUES
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