MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 13 de julho de 2014

Derrota marca fim de boom econômico, diz FT


Jornalista diz que brasileiros deveriam adotar estilo alemão de jogo.

Da BBC
Para jornal inglês, 'país do futebol' precisa adotar estilo de jogo rápido dos alemães (Foto: Reuters)Para jornal inglês, 'país do futebol' precisa adotar estilo de jogo rápido dos alemães (Foto: Reuters)
Em um artigo de capa no jornal britânico Financial Times, o jornalista Simon Kuper diz que a derrota para a Alemanha representa um "fim apropriado" para os longos anos de boom econômico do Brasil e sela o fim do "jogo bonito".
O artigo é assinado pelo jornalista que escreveu, na semana passada, o texto "Por que o Brasil já ganhou", no qual dizia que esta era a melhor Copa dos últimos tempos e fazia elogios ao povo brasileiro.
Para Kuper, que faz apenas uma breve menção à economia, o "responsável" pela humilhante derrota contra a Alemanha foi a forma "ultrapassada" como o Brasil joga futebol - e o caminho a seguir é adotar o estilo do algoz, passar a jogar o jogo rápido dos alemães.
"A expressão 'jogo bonito' pode ser descartada junto com clichês sobre 'futebol samba'. Os brasileiros pararam de oferecer fintas, dribles e belos gols há muito tempo. Eles agora têm de entender que precisam adotar um passe mais rápido, um estilo mais europeu, mais alemão", opina o artigo publicado na primeira página da edição desta quarta-feira.
No texto publicado nesta quarta-feira, Kuper diz que é difícil pensar em uma humilhação esportiva maior do que a sofrida ontem pelo Brasil – uma derrota por 7 a 1 do "país do futebol", em uma semi-final de Copa do Mundo, em casa.
É um momento que "marcará a psique futebolística do Brasil para sempre", destaca.
O jornal diz ainda que a ausência de Neymar foi "um fantasma na festa alemã". Ele é descrito como a última fonte indiscutível do jogo bonito brasileiro, "mas um homem é uma base fina para uma tradição", ressalta a publicação.
O Financial Times destaca que o futebol alemão passou por uma renovação após 2004, quando a seleção do país estava em baixa.
Os técnicos Jürgen Klinsmann e Joachim Löw lideraram esse processo que resultou no "jogo bonito cerebral de passes rápidos com que os alemães golearam o Brasil ontem".
"A responsabilidade pela humilhação se encontra em primeiro lugar com os jogadores infelizes do Brasil e seu treinador sem imaginação Felipe Scolari, mas de forma mais ampla está na ultrapassada tradição de futebol do país", afirma o jornal.

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