Do ótimo Agamenon Mendes Pedreira:
Impactado
com as fortes emoções da última partida do Brasil, fui medicado com
poderosos remédios faixa preta e já me encontro aqui na Granja Comary,
aviário-sede da CBF, Confederação Brasileira de Frango. Hoje mesmo os
jogadores se apresentaram e, depois de uma preleção do Felipão, fizeram
um treinamento em pranto convulsivo. O técnico brasileiro está
preocupado com o lado emocional dos nossos rapazes e resolveu fazer um
treino de choro sem bola. Segundo as psicólogas da seleção, o choro
constante em todas as partidas é de fundo emotivo. Tudo emotivo pra não
jogar, emotivo pra errar os passes, emotivo pra perder pênalti. Até
mesmo o Parreira está bolado com esses ataques de choro, aliás, os
únicos ataques da seleção que estão funcionando. O chororô dos jogadores
é tão grande que até o povão ficou preocupado, e olha que brasileiro
está acostumado a chorar muito todo fim do mês quando recebe o salário.
Para
treinar pro próximo jogo, a seleção brasileira inundou de lágrimas a
Granja Comary. A população de Teresópolis, que não via tanta água desde
as últimas enchentes, teve de fugir de canoa.
Será que é
muito peso nas costas dos jogadores ou será que é o bafo quente na
nuca? Dizem que tem jogador pedindo pra dormir de luz acesa porque tem
medo do escuro. Mas como ter medo do escuro se a seleção tem o Jô, o
Luiz Gustavo, o Fernandinho, o Neymar, o Maicon, o Marcelo, o Willian e o
Ramires? Sinceramente: acho que está faltando macho nessa seleção
mulherzinha e o Felipão deveria ter convocado a jogadora Marta pro time!
Não queremos mais ver cenas deprimentes como aquela do jogo contra o
Chile, quando Thiago Silva sentou em cima de uma bola e chorou. Se o
capitão fosse o Richarlyson, ia sentar em cima de duas, e sem chorar.
Esse medinho todo dos jogadores não seria uma influência do Felipão e de
seu inseparável Murtosa, o Primeiro-Damo da seleção? Os dois amigos
gaúcho-afetivos trouxeram uma lufada de ar fresco à Granja Comary, como
se o Minuano, o vento que vem do Sul, pegasse todos pelas costas. (Veja).
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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