Ontem Dilma Rousseff, candidata à
reeleição pelo PT, comentou pela primeira vez publicamente sobre a avaliação
que o Banco Santander enviou a um grupo de clientes um informativo que
associava a sua reeleição à piora do quadro econômico no país. A presidente classificou
o episódio como “inadmissível”, e disse que estuda as providencias a tomar.
Disse que terá uma resposta bem clara sobre o banco.
— Sempre que especularam não se
deram bem. Acho inadmissível um país que está entre as maiores economias
aceitar qualquer interferência. A pessoa que escreveu a mensagem (do Santander)
fez isso sim e isso é lamentável é inadmissível para qualquer candidato —
disse.
O Banco Santander refletiu o que
todo o mercado projeta. Basta ver que às vésperas de publicação de pesquisas,
possíveis quedas de Dilma fazem a bolsa subir e o contrário faz o pregão
despencar.
Ontem, pela nona vez consecutiva,
os economistas ouvidos pela pesquisa Focus, que é do Banco Central, reduziram a
projeção do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços
produzidos no país), desta vez para apenas 0,9%, segundo dados divulgados nesta
segunda-feira. Na edição anterior do relatório, a expectativa era de 0,97%.
A previsão de alta do PIB em 2014
continuou em 1,5%, mesmo número indicado nas últimas quatro semanas. Para o ano
que vem, a expectativa do mercado é que a indústria cresça 1,7%, mesma taxa
indicada na semana passada.
Em relação à inflação, que tem
demonstrado tendência de queda, puxada pelo alívio no preço dos alimentos, a
mediana das projeções recuou pela segunda vez consecutiva. Agora, a expectativa
é de que o IPCA, índice que mede a inflação oficial no país, feche o ano em
6,41%, contra previsão anterior de 6,44%. O número, no entanto, ainda é próximo
do teto da meta do governo, de 6,5%.
ECONOMIA CONTINUA ENCOLHENDO
Neste mês, o Banco Central
divulgou que a atividade econômica encolheu 0,18% em maio. Foi o pior resultado
do IBC-Br, conhecido informalmente como o “PIB do BC”, desde dezembro do ano
passado. O resultado fortaleceu as expectativas de que o PIB do segundo
trimestre venha fraco.
A estimativa é apenas um dos
dados que indicam que o Brasil pode crescer menos neste ano, o que tem
preocupado o mercado e o governo. Na semana passada, o Fundo Monetário
Internacional (FMI), cortou a previsão de crescimento do Brasil (assim como fez
em relação à atividade econômica mundial) para apenas 1,3%. Antes, o próprio
governo havia admitido que o PIB deve crescer 1,8%, contra projeção anterior de
2,5% para este ano. (Extraído de O Globo)
BLOG DO CORONEL
Nenhum comentário:
Postar um comentário