MEDIÇÃO DE TERRA

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quarta-feira, 28 de maio de 2014

Petrolina tem índice de hanseníase 6 vezes maior que o aceitável


Ministério da Saúde considera normal 10 casos para cada 100 mil pessoas.
Cidade do Sertão tem 65 casos para 100 mil habitantes.

Do G1 Petrolina

Dados do Secretaria de Saúde de Petrolina, Sertão pernambucano, informam que a cidade está com quase sete vezes mais casos de hanseníase acima do número recomendado pelo Ministério da Saúde. O índice aceito é de 10 casos para cada 100 mil habitantes, enquanto Petrolina tem 65 casos para 100 mil pessoas.    
Segundo o técnico em Epidemiologia da Secertaria de Saúde de Petrolina, Francisco Freitas, no ano passado a cidade registrou 213 casos de hanseníase, por isso área é considerada hiperendêmica quando se trata da doença.
Para Francisco, vários fatores contribuem para o aumento no número de registros. “Os casos vêm aumentando, mas parte disso se deve às campanhas de combate à doença que identificam os casos já existentes. A hanseníase tem um longo tempo de incubação, muitas pessoas não sabem que possuem a doença”, explicou o técnico ressaltando que ainda existem fatores históricos, geográficos e sociais que facilitam a proliferação da bactéria.
A 'Campanha Nacional de Hanseníase e Geo-helmintíase' foi iniciada em Petrolina. Na cidade, a iniciativa se estende até 31 de agosto e pretende identificar incidência em crianças e adolescentes para iniciar o tratamento gratuito logo após o diagnóstico. O público alvo da campanha são crianças e adolescentes de 5 a 14 anos.
Onze escolas da rede pública do município foram escolhidas, baseadas na quantidade de alunos, para receberem o material enviado pelo Ministério da Saúde. Esse material inclui cartazes, panfletos e material didático para ensinar aos estudantes de forma lúdica sobre as doenças.
No período de 7 de julho a 31 de agosto, os pais vão receber uma ficha de autoimagem sobre hanseníase, ou seja, uma espécie de modelo para comparar com possíveis manchas na pele dos filhos. No caso das geo-helmintíases (verminoses), os responsáveis podem escolher se os filhos vão receber o tratamento ou não.
Após a identificação das possíveis enfermidades, os estudantes vão iniciar o tratamento. No caso da hanseníase os testes de sensibilidade da pele e outros exames necessários para confirmar a doença vão acontecer nos postos de saúde. Já os alunos que possuem verminoses vão poder tomar o medicamento diretamente na escola.
Segundo o técnico Francisco Freitas, o tratamento das verminoses é muito simples, bastando apenas uma dose do medicamento. “Na cidade, a ascaridíase e a ancilostomose são as verminoses de maior incidência na região. Essas doenças interferem negativamente no rendimento do aluno, podendo causar desnutrição, anemia, além de reduzir o ânimo dos estudantes”, explica.

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