Na Câmara, Sônia Guajajara disse que PMs avançaram com cavalos
Durante manifestação, índio atingiu policial com uma flechada na perna.
A líder indígena Sonia Guajajara durante entrevista na Câmara (Foto: Nathalia Passarinho / G1)
Após reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, a coordenadora
da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Sônia Guajajara,
afirmou nesta quarta-feira (28) que o ataque a um policial militar com
uma flecha, durante manifestação em Brasília nesta terça (27), foi uma
“reação” de um índio à ação da cavalaria da PM.Segundo ela, os policiais ameaçaram “pisotear” os manifestantes e, por isso, houve o ataque. Durante a ação, o policial militar Kleber Ferreira, de 40 anos, foi atingido por uma flecha perto da virilha. Ele foi atendido no local pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e depois foi a um hospital para fazer um curativo.
“Houve apenas uma reação dos povos indígenas. A PM avançou com a cavalaria, descumprindo acordo feito com a gente. Nós não provocamos a violência. Mas quem aguenta ser pisoteado e não reagir?”, justificou Sônia Guajajara.
A Apib é a associação que organizou os protestos de indígenas contra a tramitação de projetos que alteram as regras de demarcação de terras.
Após fazerem um ato no Congresso, cerca de 500 índios se juntaram a um grupo que protestava contra a Copa do Mundo próximo ao Estádio Nacional Mané Garrincha. A manifestação, que reuniu 2,5 mil pessoas, terminou em confronto com a PM e a corporação teve que usar balas de borracha e bombas de efeito moral.
O policial Kleber Ferreira classificou o ferimento como um “susto”. "Nós ficamos no cordão de isolamento, e eles começaram a atirar pedras e flechas. Estávamos lá para proteger a Taça da Copa, não podíamos sair”, lembrou. "[Depois de ser atingido] Meu pensamento era de não abandonar o local, de não deixar que conseguissem chegar ao troféu. Mas está tudo bem, estou bem. Foi só um susto mesmo.”
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