MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Veja dicas para saber a hora certa de vender seu carro


Maior sinal é quando custo para manter passa de 10% do valor do veículo.
5 anos é um bom tempo para ficar com o carro, antes de desgaste maior.

Denis Marum Especial para o G1

carro usado loja (Foto: Caio Kenji/G1)Decisão de vender deve considerar custo de manutenção e movimento do mercado  (Foto: Caio Kenji/G1)
É muito comum as pessoas pensarem em vender o carro quando as visitas ao mecânico começam a ficar frequentes. Este é um indicador, porem não é o único. É importante fazer uma avaliação geral da sua relação com o automóvel desde a maneira como você o mantém passando por aspectos financeiros, comerciais e a satisfação pessoal. Veja abaixo algumas dicas para encontrar o momento certo de passar o carro para frente.


Manutenção x valor do carro
Quando o valor anual gasto com as manutenções ultrapassa 10% do valor de venda do carro é um sinal de que este pode ser o momento de pensar em vender.  Mas quanto vale seu carro? É sabido que, nos dois primeiros anos, a desvalorização é mais acentuada e, nos anos seguintes, ela vai se estabilizando ao redor dos 10%.
Para fazer a conta, acompanhe a desvalorização do seu carro pela tabela Fipe. Ela é uma referência de preço e não significa que você conseguirá vender seu carro exatamente pelo valor sugerido. Se decidir trocar de carro em uma concessionária ou loja independente, não esqueça de que eles irão desvalorizar o veículo entre 20% e 30% em relação à tabela.
Cada modelo tem uma resposta diferente do mercado. Alguns são verdadeiros "micos": você os anuncia e ninguém responde e, quando responde, é para oferecer um terreno na troca. Isso significa que você não terá dinheiro na mão -o termo correto é liquidez. Na maioria das vezes, você terá que dar um grande desconto para poder vender esse carro.
Portanto, é bom ficar atento, pois os gastos de oficina podem representar muito mais do que você imagina.

Seu carro vive na oficina?
Quando você começa fazer visitas frequentes à oficina, a primeira coisa que vem à cabeça é vender o carro. Porém, é preciso saber se o motivo é a falta de revisões ou se realmente existe um desgaste generalizado devido à quilometragem e ao tempo de uso.

Trocar somente o óleo e filtro é muito pouco: existem vários itens que devem ser substituídos durante vida útil do carro; quando não trocados, acabam estragando outras peças. Por exemplo: carro que não faz alinhamento desgasta o pneu; carro que não troca o aditivo do radiador estraga a válvula termostática, radiador e bomba d’água; e por aí vai...
Quando estes itens se acumulam, muita gente passa o problema para o próximo. Mas uma boa revisão pode dar sobrevida ao carro, principalmente quando você não está em condições financeiras para a troca. Se a ideia é realmente vender, o correto é fazer um desconto na negociação, para que o novo proprietário possa fazer os reparos necessários.  Lembre-se: fazer manutenção não valoriza o bem, mas evita que ele se deprecie ainda mais.

O carro está feio?
Muita gente não faz os reparos de funilaria e pintura, alegando que pretende trocar de carro. Grande engano. Primeiro porque é difícil achar alguém que queira comprar um carro amassado: você compraria? Se encontrar um comprador, ele certamente desvalorizará muito mais o carro do que o custo do reparo. Então, carro mal cuidado não é motivo para venda imediata. Arrume o que está feio e depois decida se ainda é ou não o caso de vendê-lo.

5 anos de “casamento”
De forma geral, 5 anos é um bom período para ficar com seu automóvel sem grandes despesas. Isso falando de carros pequenos e médios; para carros luxuosos, o prazo é menor (veja abaixo).
Claro que pode haver exceções, mas é fato que borrachas e  plásticos utilizados nas peças dos carros têm uma probabilidade maior de sofrer deformações após 5 anos de uso. Depois de milhares de solicitações e alterações de temperatura, estes materiais costumam perder sua elasticidade, ficando mais rígidos e quebradiços.
O maior exemplo é o pneu, que possui a validade de 5 anos. Além dele, buchas, borrachas, mangueiras, vedadores e coxins são itens que costumam levar os carros para as oficinas com maior frequência.
Algumas concessionárias não revendem carros com mais de 5 anos. Quando estes veículos entram como base de troca são imediatamente repassados para lojistas independentes. O objetivo é evitar possíveis reclamações.

Seu carro é de luxo?
Carros de luxo, via de regra, possuem índices de depreciação entre 15% e 20% ao ano. Eles carregam um problema crônico que é o custo de manutenção (reveja a coluna "Preços de peças podem variar 400% de carro para carro"). Por exemplo: para comprar um luxuoso importado você desembolsará aproximadamente três vezes o valor de um carro médio nacional; já para consertá-lo o custo chega a ser oito vezes maior. Assim, é melhor trocar o carro de luxo a cada 3 anos ou 50.000 km rodados.
loja de carros importados (Foto: Denis Marum/G1)Importados desvalorizam mais rápido
(Foto: Denis Marum/G1)
Com percentuais altos de desvalorização, os preços de revenda se tornam convidativos. Se você é um potencial comprador de um “carrão” usado, guarde 10% do valor que pretende investir nessa compra. Caso contrário, a alegria de ter um veículo todo equipado vai durar pouco devido ao custo de manutenção.
Para piorar, as companhias de seguro não costumam assegurar veículos importados com mais de 5 anos de uso.

Depois dos 100.000 km, prepare-se
Deixe o romantismo de lado: por mais que você goste de seu carro, acima dos 100.000 km rodados a probabilidade de fazer visitas frequentes à oficina é muito grande. Muitos motoristas se iludem, achando que o último reparo deixou o carro “novo de novo”. Um automóvel possui de 3 mil a 4 mil itens; após esta quilometragem, a probabilidade de quebra aumenta muito. Problemas de fadiga e alterações estruturais dos materiais também acabam aparecendo com o tempo de uso.
Veículos onde são feitas as revisões preventivas ou que vivem na estrada postergam esta quilometragem. Mas, se você pretende comprar um carro tão rodado, não use toda a sua economia: tenha uma reserva para as eventualidades.

O mercado dá sinais: leia
Em alguns casos não há interesse em trocar de carro, mas o mercado dá sinais de que está na hora e, se você demorar, poderá ficar no prejuízo.
O que ocorre é a desvalorização repentina de um determinado carro devido a mudanças de ano/modelo ou ao fato de esse carro sair de linha. Ou mesmo por um reposicionamento da montadora: quando ela inclui um modelo na linha de produtos e diminui o preço de outro modelo antigo; por exemplo: uma nova geração vai chegar, então a antiga geração é vendida com desconto. Esta redução também reflete no preço dos seminovos.
Por isso, fique atento à movimentação das marcas: lançamentos de modelos inéditos, novas gerações de carros que já existem, séries especiais (recurso comum para dar fôlego a modelos que estão em fim de “carreira”); acompanhe a seção Lançamentos no G1.

Insatisfação com a marca
Se você está insatisfeito com a marca, porque o carro ou a concessionária não atendem às suas expectativas, aproveite para colocar fim nesta relação. Falta de peças, por exemplo, é algo que desagrada muito os proprietários; afinal, quem gosta de ficar 15  dias sem o carro para resolver um pequeno problema? Barulhos, consumo alto e falta de potência também são problemas que tiram o prazer de manter o carro na garagem.


Nem tudo é dinheiro
O prazer em adquirir um carro zero também deve fazer parte da decisão de troca. Quando o tema é automóvel, muitas pessoas deixam o aspecto financeiro de lado. Prova disso é que 70% dos veículos vendidos em nosso país são financiados, portanto, é preciso entender que, para muitos, ter um carro zero é mais importante do que ficar 5 anos com o mesmo carro para economizar algum dinheiro.
Enfim, não existem fórmulas que contemplem todas as variáveis, até porque o mercado de carros é dinâmico e o que é um bom negócio hoje pode não ser amanhã. O importante é não ser impulsivo: tome a decisão com calma, para não se arrepender mais tarde.

Denis Marum coluna Oficina do G1 (Foto: Fábio Tito/G1)

Dono de oficina em São Paulo, Denis Marum é formado em engenharia mecânica e tem 29 anos de experiência com automóveis. Nesta coluna no G1, dá dicas sobre cuidados com o carro.

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