Cerca de 100 pessoas participam da manifestação, diz Polícia Militar.
Fazendeiros do sul do estado pedem cumprimento de ordens judiciais.
Produtores impedem passagem de carros em frente à Funai (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)
Cerca de 100 produtores rurais de Mato Grosso do Sul
protestaram em frente à sede da Fundação Nacional do Índio (Funai), na
manhã desta terça-feira (19), em Campo Grande. Os manifestantes ficaram
concentrados na rua Maracaju, entre as ruas Rui Barbosa e Pedro
Celestino. Com faixas, apitos e um carro de som, eles impediam a
passagem de carros no local, mas logo liberavam o trânsito. A Polícia
Militar (PM) e a Polícia Federal (PF) estiveram no local.O produtor João Aurélio Damião, 53 anos, informou ao G1 que o objetivo do protesto é alertar a população em relação às invasões das fazendas e pedir o cumprimento das ordens judiciais. “Temos mandados de reintegração de posse que já foram expedidos, mais ainda não foram cumpridos. As fazendas têm que ser desocupadas”, disse.
Os fazendeiros alegam que o protesto é realizado em frente à Funai porque o órgão é o responsável pela “instabilidade no campo”. “Moro em Caarapó há 30 anos, nunca tivemos problema com os índios”, afirmou Damião.
Ao G1, a assessoria da Funai de Campo Grande afirmou que o órgão não motiva ocupações de terras e nem gera instabilidade no campo. A assessoria enfatizou ainda que estudos antropológicos é que garantem o direito dos índios às terras.
Manifestantes entram no prédio da Funai em
Campo Grande (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)
Um grupo de produtores entrou no prédio da Funai. Policiais militares
acompanharam o ato no interior da sede da fundação. O clima ficou tenso.
“Queremos conversar com alguém da Funai, mas ninguém sai para falar com
a gente. Eles não querem diálogo com o produtor. O governo federal
também não quer conversa com o produtor”, afirmou Marcos Mariano Rigoti,
de 50 anos, que mora em Laguna Carapã, a 275 km de Campo Grande.Campo Grande (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)
O delegado da PF Mateus Rodrigues chegou ao local acompanhado por um policial à paisana, por volta das 11h (de MS). “Não percam a razão. Eu ouvi relatos de xingamentos e xingar alguém é crime. Vou pedir para não haver xingamentos”, declarou Rodrigues. Além disso, o delegado disse aos produtores rurais que ficar dentro do prédio só atrapalharia a Funai.
Produtor conversa com policial militar durante protesto na Funai (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)
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