MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Pesquisa revela que salários dos negros é 36% menor que dos brancos


Nesta quarta (20) é comemorado o Dia da Consciência Negra no Brasil.
Encontro internacional discute desafios da raça negra em Teresina.

Do G1 PI

Apesar de todos os avanços sociais e das conquistas da raça negra, algumas diferenças persistem na relação de classes no Brasil. Uma pesquisa feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que os trabalhadores negros ainda ganham menos que os brancos e que o crescimento profissional também é menor. Estas diferenças são temas discutidos no 3º Encontro Internacional de Literaturas, Histórias e Culturas Afro-Brasileiras e Africanas, que está sendo realizado nesta quarta-feira (20) em Teresina.
No dia da consciência negra, 20 de novembro, lideranças afro brasileiras aproveitaram o encontro para debater sobre questões ligadas aos negros. “Para nós das comunidades quilombolas, que são mais de 160 no estado, o preconceito e o racismo é o mesmo enfrentado pelo negro que vive na cidade porque estamos nos locais mais longínquos e muitos não tem acesso aos direitos básicos de cidadania”, disse  Marcos Vinicios Ferreira, coordenador estadual das comunidades Quilombolas.
A pesquisa feita pelo Dieese revelou que a média salarial dos negros é 36% menor do que os dos não negros. A pesquisa levou em conta pardos e pretos como negros, já os brancos e amarelos, como não negros. O estudo foi realizado em seis capitais e o distrito federal.
A pesquisadora da Universidade de Brasília, Maria de Lourdes Teodoro, revela que é preciso analisar a pesquisar para saber se é realmente o preconceito o fator determinante para a diferença salarial. “É preciso verificar se a formação desses profissionais negros é igual ao do branco. Sem essa informação é difícil avaliar se há uma distorção, racismo, discriminação ou se o problema decorre de uma dificuldade técnica dos trabalhadores”, descreveu Maria de Lourdes.
Para o professor Eduardo Duarte, da Universidade Federal de Minas Gerais, as novas gerações já têm uma consciência maior dos danos que o racismo causam à convivência social. “O Brasil é um país de mestiços, mas também de brancos, negros, orientais e estas tensões acabam chegando à literatura”, disse Eduardo.
A coordenadora social do Coisa de Negro, Luciane Teixeira, disse que a população negra só precisa de uma oportunidade. “Precisamos de política de ações de igualdade social, que ainda estão muito lentas, por isso as cotas servem para fazer a reparação desta lentidão”, revelou Luciane Texeira.

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