MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 2 de novembro de 2013

Pesquisa revela que piores estradas do país estão no Pará


Confederação Nacional do Transporte mapeou estado de rodovias no Brasil.
No Pará, 34% das estradas são consideradas péssimas

Do G1 PA

Após protesto, manifestantes liberam a BR-155, no sul do Pará (Foto: Reprodução/TV Liberal)Trecho da BR-155: lama e buracos.
(Foto: Reprodução/TV Liberal)
Uma vez por mês, para cumprir compromissos de trabalho, o autônomo Paulo Cavalcante faz a viagem por via terrestre de Belém à Redenção, no sudeste do Pará. Cerca de mil quilômetros separam as duas cidades, que são ligadas pela BR-155, e para o autônomo, está cada vez mais complicado passar pela rodovia.  “Todo mês é um sofrimento. A estrada não tem marcação, acostamento, sinalização, pavimentação, e os assaltos são constantes”, reclama.
A situação descrita pelo autônomo foi detalhada pela pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), que apontou que as piores ligações rodoviárias estão no Pará: 34% são consideradas péssimas e 37,8% foram classificadas como ruins. O G1 tentou contato com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), mas não foi atendido. A Secretaria de Estado de Transportes (Setran) disse que já tem conhecimento da pesquisa e que irá se pronunciar sobre os dados.
A pesquisa completa, divulgada na última quinta-feira (31), revelou que as estradas do estado têm as piores classificações, nos quesitos pavimentação, sinalização e geometria, com índices que variam entre regular e péssimo. Por exemplo, 49,4% dos pavimentos são regulares, 46,9% da sinalização é péssima e 50,6% da geometria é péssima. Dos 2.614 km analisados pela CNT, 1.957 km são de rodovias federais e 657 km são rodovias estaduais. Na BR-155, a pista, a sinalização e o traçado são considerados péssimos pela pesquisa.
Paulo Cavalcante descreve o trecho entre os municípios de Eldorado do Carajás e Xinguara como o que está em condições mais arriscadas. “Ninguém consegue andar por lá, a estrada é tão esburacada que um caminhão virou tentando passar pelo local”, conta. Para evitar prejuízos materiais, ele optou por fazer a viagem de Belém a Redenção de micro-ônibus ou van. “Ir neste tipo de transporte é pior ainda, porque estão sempre superlotados, as pessoas vão em pé. Além disso, mercadorias são transportadas junto com os passageiros, então é tudo bem precário”, diz.
De acordo com a pesquisa, a pior das ligações rodoviárias é a Belém (PA) – Guaraí (TO), formada pelas seguintes rodovias: BR-222, PA-150, PA-151, PA-252, PA-287, PA-447, PA-475, PA-483, TO-336. A pesquisa define ligações como “trechos formados por uma ou mais rodovias federais ou estaduais pavimentadas, com grande importância socioeconômica e volume significativo de veículos de cargas e/ou de passageiros, interligando territórios de uma ou mais Unidades da Federação”.
Pesquisa
A pesquisa feira pela CNT nas rodovias brasileiras revela que dos 96.714 km analisados, 63,8% apresenta problemas como buracos, desgaste e sinalização precária.  Fazem parte do estudo da CNT toda a malha federal pavimentada e as principais rodovias estaduais.

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