Levantamento do G1 mostra que 1.457 carros estavam fora de circulação.
Polícia diz que redução da frota não prejudica atendimento à população.
Levantamento feito pelo G1 com base em relatórios da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal
mostra que 38,6% da frota da Polícia Militar do DF estavam quebrados,
em manutenção ou fora de serviço ao final do primeiro semestre deste
ano.
O percentual representa 1.457 veículos da frota de 3.772 carros. Em um único mês (junho), 173 veículos foram retirados de operação por problemas mecânicos.
Segundo a corporação, de janeiro a setembro deste ano, foram gastos R$ 11,8 milhões na manutenção de veículos operacionais e administrativos, incluindo motos. O valor se aproxima ao do que a PM pretende gastar este ano com a compra de 80 caminhonetes de cabine dupla.
Segundo edital publicado pela corporação, serão desembolsados R$ 12,5 milhões para a aquisição dos carros, que devem começar a rodar em 2014. O preço estimado para cada veículo é de R$ 156 mil.
Em Planaltina, região com o segundo maior número de assassinatos, a PM contava com 13 viaturas para 438 policiais. Já na região que compreende o Plano Piloto e o centro de Brasília, a PM tinha um número maior de veículos – 45.
O uso das viaturas está diretamente relacionado ao atendimento de ocorrências encaminhadas pela população à PM. Quando um cidadão liga para o 190 para comunicar alguma emergência, a informação é registrada pelo atendente na Central Integrada de Atendimento e Despacho (Ciade).
O atendente repassa as informações ao policial militar responsável por administrar o sistema de ocorrências. O PM é quem aciona as equipes e define quantas viaturas precisam ser deslocadas. Se um dos veículos da corporação estiver indisponível, quem ligou para 190 corre o risco de não ser atendido.
O G1 teve acesso ao balanço das ocorrências encaminhadas à Ciade no segundo trimestre deste ano. O resultado mostra que 246 denúncias comunicadas de abril a junho deste ano não puderam ser atendidas por falta de veículos.
A maior parte dos registros não atendidos é referente a acidentes de
trânsito com vítimas e atropelamentos. São situações em que a PM pode,
por exemplo, ajudar a isolar o local do acidente, impedindo que novos
acidentes aconteçam, e tornar mais rápida a comunicação com o Corpo de
Bombeiros.
Nesse conjunto de ocorrências não atendidas, há também casos de roubo de veículos, assaltos a pedestres, tráfico de drogas e até denúncias de sequestro.
Em junho, 54 ocorrências envolvendo acidentes de trânsito com vítima não foram atendidas por falta de carros, das quais 16 eram em Taguatinga, 10 no Plano Piloto e 6 em Ceilândia. Em maio, 35 ocorrências sobre acidentes de trânsito e atropelamentos deixaram de ser atendidas pela Polícia Militar por falta de veículos.
Na comparação entre o segundo trimestre deste ano com o mesmo período de 2012, a PM registrou aumento de 8,5% no número de ocorrências de acidentes de trânsito. Foram 9.192 ocorrências desse tipo de abril a junho deste ano.
Em Taguatinga, as ocorrências sobre acidentes de trânsito repassadas à PM subiram 43% na comparação entre os segundos trimestres de 2012 e 2013. No Plano Piloto, 16,8%; em Brazlândia, 31%. Em Ceilândia, o percentual caiu 63,5% no período.
O percentual representa 1.457 veículos da frota de 3.772 carros. Em um único mês (junho), 173 veículos foram retirados de operação por problemas mecânicos.
Viatura
do batalhão da PM localizado no Setor de Administração Municipal (SAM),
centro de Brasília, tem sinais de capotagem (Foto: Ricardo Moreira/G1)
A PM informou que as viaturas não estão sendo utilizadas no serviço
operacional por motivo de acidentes, problemas mecânicos e revisão. De
acordo com a PM, a falta de viaturas não prejudica o atendimento à
população, porque a corporação pode recorrer a outras formas de
policiamento – a pé ou a cavalo.Segundo a corporação, de janeiro a setembro deste ano, foram gastos R$ 11,8 milhões na manutenção de veículos operacionais e administrativos, incluindo motos. O valor se aproxima ao do que a PM pretende gastar este ano com a compra de 80 caminhonetes de cabine dupla.
Segundo edital publicado pela corporação, serão desembolsados R$ 12,5 milhões para a aquisição dos carros, que devem começar a rodar em 2014. O preço estimado para cada veículo é de R$ 156 mil.
No 11° Batalhão da PM, em Samambaia, viatura está com
traseira amassada (Foto: Ricardo Moreira/G1)
Em Ceilândia, região do Distrito Federal com maior número de
homicídios, a Polícia Militar dispunha de apenas 22 viaturas, entre
abril e junho deste ano, de acordo com os relatórios da secretaria de
Segurança Pública publicados no Diário Oficial. O efetivo atuando no
policiamento ostensivo em Ceilândia é de 731 homens, segundo a
secretaria.traseira amassada (Foto: Ricardo Moreira/G1)
Em Planaltina, região com o segundo maior número de assassinatos, a PM contava com 13 viaturas para 438 policiais. Já na região que compreende o Plano Piloto e o centro de Brasília, a PM tinha um número maior de veículos – 45.
O uso das viaturas está diretamente relacionado ao atendimento de ocorrências encaminhadas pela população à PM. Quando um cidadão liga para o 190 para comunicar alguma emergência, a informação é registrada pelo atendente na Central Integrada de Atendimento e Despacho (Ciade).
O atendente repassa as informações ao policial militar responsável por administrar o sistema de ocorrências. O PM é quem aciona as equipes e define quantas viaturas precisam ser deslocadas. Se um dos veículos da corporação estiver indisponível, quem ligou para 190 corre o risco de não ser atendido.
O G1 teve acesso ao balanço das ocorrências encaminhadas à Ciade no segundo trimestre deste ano. O resultado mostra que 246 denúncias comunicadas de abril a junho deste ano não puderam ser atendidas por falta de veículos.
Nesse conjunto de ocorrências não atendidas, há também casos de roubo de veículos, assaltos a pedestres, tráfico de drogas e até denúncias de sequestro.
Em junho, 54 ocorrências envolvendo acidentes de trânsito com vítima não foram atendidas por falta de carros, das quais 16 eram em Taguatinga, 10 no Plano Piloto e 6 em Ceilândia. Em maio, 35 ocorrências sobre acidentes de trânsito e atropelamentos deixaram de ser atendidas pela Polícia Militar por falta de veículos.
Na comparação entre o segundo trimestre deste ano com o mesmo período de 2012, a PM registrou aumento de 8,5% no número de ocorrências de acidentes de trânsito. Foram 9.192 ocorrências desse tipo de abril a junho deste ano.
Em Taguatinga, as ocorrências sobre acidentes de trânsito repassadas à PM subiram 43% na comparação entre os segundos trimestres de 2012 e 2013. No Plano Piloto, 16,8%; em Brazlândia, 31%. Em Ceilândia, o percentual caiu 63,5% no período.
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