MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Dia da baiana de acarajé é celebrado com missa e protesto silencioso


Cerimônia religiosa foi realizada na manhã desta segunda, no Pelourinho.
Profissionais reclamam da proibição da prefeitura em atuar nas praias.

Maiana Belo Do G1 BA

Dia da Baiana de Acarajé (Foto: Maiana Belo/G1)Missa é celebrada em comemoração ao dia da Baiana de Acarajé (Foto: Maiana Belo/G1)
Tradição e protesto marcam a data em que é celebrada o dia da Baiana de Acarajé. Nesta segunda-feira (25), cerca de 300 baianas participaram de uma missa realizada na igreja do Rosário dos Pretos, no centro histórico de Salvador. Com um símbolo preto semelhante ao utilizado na luta contra a AIDS, as baianas de acarajé fizeram um protesto silencioso durante a missa realizada no Pelourinho. Elas declararam que estão de luto por causa da proibição da prefeitura em atuar nas praias de Salvador.
“A prefeitura ofuscou uma vitória que nós tivemos com a Fifa e agora apenas 120 baianas vão trabalhar nas calçadas, sendo que somos 500. Hoje é o dia das baianas, mas não temos o que comemorar. Estamos esperando que alguém do poder público se manifeste”, disse Rita Santos, presidente da Associação das Baiana de Acarajé e Mingau da Bahia (ABAM).

A atividade das baianas de acarajé é considerada patrimônio cultural imaterial do Brasil. Em outubro deste ano, as baianas que trabalham nas praias terão que substituir a areia por outros pontos nos calçadões da orla de Salvador por determinação da Justiça Federal. A justificativa é de que o óleo de dendê em contato com o solo polui o meio ambiente.
Para a soteropolitana Lúcia Maria Cerqueira, que há 18 anos mora em Brasília e vende acarajé em Taguatinga do Norte, a presença nas comemorações pelo dia das baianas é sinônimo de apoio à proibição da prefeitura.
Dia da Baiana de Acarajé (Foto: Maiana Belo/G1)Baianas utilizaram uma fitinha preta no peito em
protesto (Foto: Maiana Belo/G1)
“Estou aqui para prestigiar minhas colegas e também para ajudá-las a reivindicar por não poder trabalhar nas praias. Nós somos patrimônio, nosso trabalho mata a fome, nos sustenta. Eu pago a faculdade de turismo da minha filha com o que eu ganho”, relata Lúcia, conhecida como Iaiá do acarajé.
Ao ser perguntada sobre uma possível volta para atuar na capital baiana, Lúcia é precisa. "Lógico! Meu axé está plantado aqui, só estou lá passando uma chuva”, conclui.

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