MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 23 de novembro de 2013

Aos 4 anos, menina já luta contra um câncer de rim e busca chance de cura


Dia Nacional do Combate ao Câncer Infantil é comemorado neste sábado.
Grupo de apoio de Rio Claro, SP, presta auxílio psicológico a 74 pacientes.

Do G1 São Carlos e Araraquara

Aos 4 anos, Ketellyn já luta contra um câncer de rim e busca chance de cura, em Rio Claro (SP). Há oito meses a família recebeu a difícil notícia. Entretanto, pôde contar com a ajuda do Grupo de Apoio à Criança com Câncer da cidade que oferece apoio psicológico, oficinas culturais e um ambiente cheio de brinquedos a 74 pacientes. Além disso, o grupo oferece acompanhamento para a família.
A mãe da garota,  Ellen dos Santos, contou que teve dificuldade em lidar com a notícia da doença da filha. “Ao fazer exames foi descoberto um tumor no rim esquerdo da Ketelen. Na semana seguinte os médicos pediram para fazer uma cirurgia e foi onde ficaram sabendo que era um tumor maligno”, contou.
Para Ellen o momento mais complicado do tratamento foi depois das 10 sessões de quimioterapia, quando os cabelos da filha começaram a cair. “Como ela ficou internada, não podia ficar caindo o cabelo na sala, então foi preciso raspar tudo. Como foi perto do Dia das Mães, para mim foi o pior momento”, lembrou.
No Dia Nacional do Combate ao Câncer Infantil, celebrado neste sábado (23), a família de Ketellyn reforça a fé na cura da doença, que vai possibilitar à garota realizar um grande sonho: “Quero ser advogada”, falou.
O câncer é uma das doenças que mais atingem crianças e adolescentes. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que neste ano sejam registrados 500 mil casos da doença no país, dos quais 11,5 mil em crianças e adolescentes de até 19 anos. Leucemia, linfoma e tumores no sistema nervoso central são os tipos mais comuns de câncer infantil.
Diagnóstico precoce
Com o avanço no tratamento, entretanto, as taxas de recuperação da doença foram elevadas. Cerca de 70% das crianças e adolescentes podem ser curados se o diagnóstico for feito logo no começo e o tratamento for adequado.
Segundo o médico oncologista Orlando Ratto, a criança é mais flexível ao tratamento. “No caso da Ketelen, ela tem um corpo em formação, mas ela se recupera de uma maneira maravilhosa. A quantidade de remédio que ela recebe é quase o dobro que eu consigo dar em um adulto, então o a taxa de cura é maior. A criança tolera muito mais medicamento, por isso consegue se resgatar e se tornar um adulto maduro”, explicou.
Grupo de apoio de Rio Claro, SP, dá auxílio psicológico a 74 pacientes (Foto: Felipe Lazzarotto / EPTV)Grupo de apoio de Rio Claro dá auxílio psicológico
a 74 pacientes (Foto: Felipe Lazzarotto / EPTV)
Apoio
Além de remédios, sessões de quimioterapia e radioterapia, os pacientes precisam passar por acompanhamento especializado. O Grupo de Apoio a Criança com Câncer (CACC) em Rio Claro oferece atendimento a vários pacientes. No local, a família ainda pode contar com um salão de cabelos para melhorar a autoestima.
Segundo o gerente do GACC, Roger Rocco, o tratamento é multidisciplinar. “O grupo possui 16 anos e oferece apoio psicológico e social. Entre as atividades, promovemos aula de teclado e aula de informática. Então, é um conjunto para toda família que fica em situação de vulnerabilidade, não só para a criança”, explicou.
O grupo, que vive de doações, já mudou a vida de muita gente. Para a estudante Kaomy da Silva, a ajuda durante os anos que ela teve que conviver com um tumor benigno no lábio foi preciosa.
“O tratamento durou cinco anos. As sessões não eram dolorosas, mas eu lutava muito porque sempre tive pavor de agulha. Eu fazia o tratamento em São Paulo, a cada três meses eu tinha que viajar e as sessões eram caras. Tudo foi pago pelo grupo de apoio de Rio Claro”, contou.
Após vencer a doença, os motivos para sorrir e sonhos para realizar são muitos. “Agora eu quero entrar na faculdade de arquitetura. Se eu não conseguir entrar esse ano, ano que vem eu tento de novo, mas eu vou entrar, vou lutar do mesmo jeito que lutei contra a doença”, ressaltou Kaomy.
Aos 4 anos, menina já luta contra um câncer de rim e busca chance de cura (Foto: Felipe Lazzarotto / EPTV)Aos 4 anos, menina já luta contra um câncer de rim e busca chance de cura (Foto: Felipe Lazzarotto / EPTV)

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