'A Coleção Invisível' encerra a mostra competitiva nesta sexta-feira (16).
Foi o último trabalho no cinema do ator gaúcho, morto em janeiro passado.
'A Coleção Invisível' é o último trabalho no cinema de Walmor Chagas (Foto: Divulgação)
A mostra competitiva do Festival de Cinema de Gramado chega ao fim
nesta sexta-feira (16) com a promessa de uma dose extra de emoção no
Palácio dos Festivais. O último filme a ser exibido, "A Coleção
Invisível", do diretor franco-baiano Bernard Attal, é também o último
registro de Walmor Chagas no cinema. Dono de uma extensa e clamada carreira no cinema, teatro e televisão, o ator porto-alegrense foi encontrado morto aos 82 anos em janeiro último, no sítio onde morava na cidade de Guaratinguetá, no interior de São Paulo. As investigações da polícia concluiram que ele cometeu suicídio.
Depois de escutar o roteiro lido pelo seu caseiro, Walmor aceita receber o diretor. Na conversa, comenta que Samir, o personagem cego e solitário que interpretaria em "A Coleção Invisível", tinha muito em comum com ele próprio, que vivia isolado há vários anos e já apresentava problemas de visão. "Eu tenho muita semelhança com o Samir", diz.
Bernard Attal não poupa elogios à atuação de Walmor Chagas. O ator, que protagonizou clássicos do cinema brasileiro como "São Paulo S.A" (1965) contracena com Vladimir Brichta, em seu primeiro papel dramático no cinema. "Um grande ator não rebaixa o outro em cena. Pelo contrário: faz com que ele cresça também. Walmor era assim. E foi sempre muito generoso durante toda a produção", disse o diretor ao site oficial do festival.
Baseado no conto homônimo do escritor austríaco Stefan Zweig, o filme mostra a trajetória de Beto, o personagem interpretado por Brichta, que se aventura pelo interior da Bahia em busca de uma solução para a crise financeira da família. Ao longo da viagem, encontra Samir (Walmor Chagas), que desperta nele uma nova visão de mundo.
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