MEDIÇÃO DE TERRA

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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Idoso briga na Justiça por direito a remédios para diabetes em Maceió


Aposentado ganhou ação contra o Município, mas ordem não foi cumprida.
Por complicações da doença, 3 irmãos já morreram e 2 estão internados.

Michelle Farias Do G1 AL

Aposentado é amparado por esposa por conta da dificuldade de locomoção. (Foto: Michelle Farias/G1)Aposentado é amparado por esposa por conta da
dificuldade de locomoção (Foto: Michelle Farias/G1)
"Não tem medicamento". O aposentado Benedito Alves da Silva, 73, escuta esta frase todos os dias dos funcionários da Central de Abastecimento Farmacêutica (CAF) de Maceió. Ele procurou a Defensória Pública, nesta quarta-feira (21), para que o Município forneça os medicamentos básicos, como insulina, para a diabetes. Há cerca de três meses o poder público foi notificado pela Justiça para fornecer a medicação gratuitamente, mas a determinação ainda não foi cumprida.
A reportagem do G1 entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde, que ficou de buscar uma resposta para o problema apresentado. Entretanto, até o momento da publicação desta matéria, ainda não obteve retorno.
O defensor público, Fabrício Leão Souto, explica que o aposentado tem prioridade em receber o remédio e que o Município está sendo omisso com a situação. "No dia 24 de maio, o Município foi intimado do caso, mas até agora não forneceu o medicamento. A situação dele é grave. Venho acompanhando o caso e cada dia ele está mais debilitado", reforça o defensor.
Benedito tem um histórico familiar ruim para a diabetes. Três irmãos faleceram por complicações da doença e dois estão internados em estado grave. "Como estou sem insulina, já comecei a perder a visão e não estou mais conseguindo andar", lamenta.
A esposa de Benedito, Eliel Peixoto, diz que toda a renda deles é para comprar os remédios. Ela diz ainda que os funcionário da CAF dizem que não há o remédio e pediu que eles entrassem com uma ação contra o Estado. "Meu marido não aguenta mais ouvir isso. Ele está morrendo e ninguém faz nada. Temos uma grande dívida e ninguém da nossa família tem como arcar", diz.
De acordo com o aposentado, os funcionários do Município orientam que ele entre com uma ação contra o Estado se quiser o remédio mais rapidamente. Leão reforça que o Município está sob decisão judicial e tem o dever de comprar o remédio sem licitação. "Acredito que está faltando boa vontade de quem atende na CAF, porque eles estão jogando para o Estado o que é de responsabilidade deles. É um verdadeiro descaso", frisa o defensor.

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