Sem ter onde deixar os filhos, mães precisam faltar ao trabalho.
Falta de funcionários seria o principal problema nas creches.
A empregada doméstica Suely Regina mora sozinha com o filho de apenas 2 anos. Ela conta que encontrar alguém para cuidar do filho enquanto ela vai trabalhar é sempre um problema. “Hoje em dia a gente não encontra mais nenhuma babá que cobra menos de R$ 400 ou R$ 500 e quem ganha um salário mínimo não tem condições de pagar”, relata.
Suely afirma ainda que a única solução encontrada no início do ano foi matricular o filho em uma creche municipal localizada no conjunto Catalina II, no bairro do Mangueirão. Porém, as atividades no local foram suspensas no último dia 27 de junho devido ao período de férias e até o momento não retornaram. “Disseram que não tem funcionário e nem merenda”, comenta a doméstica.
No conjunto Paraíso dos Pássaros, bairro de Val de Cans, as duas creches que atendem a população da área também estão com as atividades suspensas. “Eu estou tentando fazer cursos para garantir um emprego melhor, mas não consigo estudar porque a creche não está dando esse suporte para as mães que precisam trabalhar e estudar”, reclama Luzinete Carvalho.
De acordo com Lucinete Albarato, coordenadora de uma das creches, no mês de julho, muitos trabalhadores foram dispensados por causa do fim do contrato de trabalho e os noves professores ainda estão em treinamento. “Para trabalhar com crianças de 6 meses a 5 anos é necessário um treinamento e capacitação, e é isso que a gente está fazendo”, explica.
A coordenadora garantiu que as atividades na unidade “Seduc na Escola”, em Val de Cans, retornam na próxima segunda-feira (12).
A Secretaria Municipal de Educação (Semec) informou que a creche do conjunto Catalina II está fechada por falta de funcionários da área operacional, e que novos trabalhadores concursados já estão sendo chamados. Ainda de acordo com a Semec, a creche deverá voltar a funcionar ainda nesta sexta-feira (9).
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