MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Alunos de medicina aprovam curso de 6 anos, mas não residência no SUS


Na nova proposta, formados terão de fazer um ano de residência no SUS.
Pedro Triginelli Do G1 MG
Ana Flavia Vieira está no 12º período de medicina (Foto: Pedro Triginelli/G1)Ana Flavia Vieira está no 12º período de medicina
(Foto: Pedro Triginelli/G1)
Alunos de medicina da Faculdade de Ciências Médicas de Belo Horizonte ouvidos pelo G1 nesta quinta-feira (1º) não concordam com a proposta feita pelo Governo Federal de exigir que os médicos comecem a residência nos serviços de atenção primária e de urgência e emergência do Sistema Único de Saúde (SUS). Todos citaram em algum momento a falta de estrutura dos hospitais e a falta de experiência dos recém-formados como os principais problemas da saúde, e não a falta de médicos. Apesar disto, os sete estudantes disseram que acharam boa a decisão do governo de desistir dos oitos anos de curso, e voltar a exigir seis anos.
O Ministério da Educação anunciou, nesta quarta-feira (31), que mudou de ideia em relação à proposta de aumentar o contato dos estudantes de medicina com os serviços de atenção primária e de urgência e emergência do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o ministro Aloizio Mercadante, em vez de defender o aumento da duração do curso de graduação para incluir esse estágio, conforme proposta feita no dia 8 de julho, agora, o governo defende a ideia de exigir dos médicos que começarem a residência (ou especialização) a atuação nesses serviços durante pelo menos um ano. A nova proposta ainda precisa ser aprovada no Congresso Nacional.
A aluna do 12º período Ana Flávia Vieira explica que a falta de amparo dos professores vai ser um dos problemas. “Os hospitais vão ficar cheio de gente vestida de branco e com estetoscópios no pescoço e mais perdidas do que cego em tiroteio”, afirmou.
Renato Ringo, do 4º período, acha que a falta de estrutura dos hospitais no interior vão ser uma dificuldade para o novo sistema. “Acho que só de ser obrigatório já não é certo. Os hospitais do interior não oferecem condições de trabalho. Não existe garantia de salários e plano de carreira”, disse.
Camila Fernandes, Lorena Nascimento e Lívia Reis estão no 10º período de medicina (Foto: Pedro Triginelli/G1)Camila Fernandes, Lorena Nascimento e Lívia Reis estão
no 10º período de medicina (Foto: Pedro Triginelli/G1)
As três alunas do 10° período Camila Fernandes, Lívia Reis e Lorena Nascimento compartilham da mesma opinião de que a falta de estrutura e o despreparo são um grande problema. “Se fosse ter benefícios para a população e para os médicos, tudo bem, mas é apenas um tapa-buraco do governo”, explicou Camila Fernandes.
Lívia Reis fez um estágio no interior do estado e afirma que as condições são muito precárias. “A gente não é preparado para ser jogado na emergência, não tem estrutura. O governo não investe”, falou.

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