Ana Flavia Vieira está no 12º período de medicina
(Foto: Pedro Triginelli/G1)
Alunos de medicina da Faculdade de Ciências Médicas de Belo Horizonte ouvidos pelo G1
nesta quinta-feira (1º) não concordam com a proposta feita pelo Governo
Federal de exigir que os médicos comecem a residência nos serviços de
atenção primária e de urgência e emergência do Sistema Único de Saúde
(SUS). Todos citaram em algum momento a falta de estrutura dos hospitais
e a falta de experiência dos recém-formados como os principais
problemas da saúde, e não a falta de médicos. Apesar disto, os sete
estudantes disseram que acharam boa a decisão do governo de desistir dos
oitos anos de curso, e voltar a exigir seis anos.(Foto: Pedro Triginelli/G1)
A aluna do 12º período Ana Flávia Vieira explica que a falta de amparo dos professores vai ser um dos problemas. “Os hospitais vão ficar cheio de gente vestida de branco e com estetoscópios no pescoço e mais perdidas do que cego em tiroteio”, afirmou.
Renato Ringo, do 4º período, acha que a falta de estrutura dos hospitais no interior vão ser uma dificuldade para o novo sistema. “Acho que só de ser obrigatório já não é certo. Os hospitais do interior não oferecem condições de trabalho. Não existe garantia de salários e plano de carreira”, disse.
Camila Fernandes, Lorena Nascimento e Lívia Reis estão
no 10º período de medicina (Foto: Pedro Triginelli/G1)
As três alunas do 10° período Camila Fernandes, Lívia Reis e Lorena
Nascimento compartilham da mesma opinião de que a falta de estrutura e o
despreparo são um grande problema. “Se fosse ter benefícios para a
população e para os médicos, tudo bem, mas é apenas um tapa-buraco do
governo”, explicou Camila Fernandes.no 10º período de medicina (Foto: Pedro Triginelli/G1)
Lívia Reis fez um estágio no interior do estado e afirma que as condições são muito precárias. “A gente não é preparado para ser jogado na emergência, não tem estrutura. O governo não investe”, falou.
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