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Eletrificação? Para a Dacia, a palavra de ordem é manter o que queima combustível até onde der e isso é bom para a Renault aqui no Brasil.
Denis Le Vot, CEO da Dacia, explicou a estratégia da marca romena, que não fala em tão cedo se desapegar de motores a combustão.
Le Vot disse: “A Renault vai se esforçar para ser a campeã dos motores elétricos; isso tem um risco”.
Nesse caso, o executivo francês aponta para a dificuldade em saber ainda se realmente a eletrificação estará completa até o final da década, devido aos altos custos, ampliados pela pandemia, crise de chips e Guerra da Ucrânia.
O chefe da Dacia comentou: “É também por isso que a Dacia existe. Dependendo da rapidez com que o mercado se converte em motores elétricos e do apetite dos clientes, a Dacia está aqui. As duas podem coexistir”.
Segundo a direção da empresa, a Dacia manterá os motores a combustão até 2035 se possível, quando só então a marca de baixo custo passará a ser 100% elétrica.
Atualmente, 12% das vendas da Dacia são do modelo Spring, o conhecido Renault Kwid E-Tech no Brasil.
Diferente do Brasil, onde a eletrificação deve demorar bem mais, a União Europeia acelera rápido na eletrificação e isso é um problema para a Dacia, cujo preço baixo é seu sustentáculo.
Eletrificar seus carros baratos significará aumento dos custos e, consequentemente, dos preços, o que arruinaria a proposta da empresa.
Essa manutenção dos motores a combustão é a garantia que a Dacia terá de manter-se bem até pelo menos 2030, quando a maioria dos países da União Europeia bloqueará as vendas de carros a combustão.
Isso garante também que a Renault no Brasil fique mais tranquila em sua atuação com motores flex, compartilhando assim peças e componentes com a Dacia, mantendo o custo mais baixo.
[Fonte: Auto News Europe]
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