O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, disse ontem, que a sala onde os votos da eleição são totalizados no TSE "não é mais secreta"
Foto: Reprodução Twitter
Por Weslley Galzo
O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, disse ontem, que a sala onde os votos da eleição são totalizados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) "não é mais secreta". "Agora é aberta", emendou.
A declaração do dirigente partidário contraria o discurso do
presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição pela legenda, que
costuma atacar a Corte Eleitoral e as urnas eletrônicas, alegando que
ninguém pode ter acesso à área do TSE onde os votos são somados antes da
divulgação.
Bolsonaro chama o espaço em que é feito o controle dos
sistemas de totalização dos votos de "sala secreta" e acusa, sem provas,
os ministros do TSE de não serem transparentes sobre os procedimentos
realizados no local, o que, segundo ele, permitiria a manipulação dos
resultados da eleição.
Na última segunda-feira, 26, Bolsonaro voltou a atacar o TSE em sua rede social. Durante uma live, Bolsonaro disse o tribunal tem "má vontade" com as Forças Armadas, apesar de a Corte ter acatado algumas sugestões dos militares para o processo eleitoral, e afirmou que só haveria chance "zerada" de fraude se o País implementasse o voto impresso, que foi rejeitado pelo Congresso no ano passado.
"Eles convidaram as Forças Armadas, que apresentaram várias sugestões. Foi uma briga para aceitar uma ou outra sugestão. Uma má vontade enorme do TSE para com as Forças Armadas, para nós buscarmos diminuir a possibilidade de fraude", declarou o candidato à reeleição.
Diferentemente do que acusa o presidente, o espaço é uma sala envidraçada onde trabalham servidores públicos do TSE que monitoram os sistemas de totalização dos votos e checam se todos os procedimentos estão sendo executados corretamente.
A sala sequer pode ser considerada como um espaço contagem dos votos, pois não há interação humana no processo. O resultado das eleições é gerado automaticamente a partir do envio das informações pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).
Ao encerrar o tour pelo espaço, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, afirmou que a visita foi feita para demonstrar o que já "óbvio", ou seja, que não há sigilo nas tarefas executadas realizados no local. "É uma sala aberta e clara. Não é nem sala secreta, nem sala escura", afirmou.
"É importante que se coloque que esta sala não conta votos. Não há contagem manual. A partir do momento que cada urna eletrônica é finalizada, já sai o boletim de urna com os votos, isso entra no sistema, que faz a totalização a partir do programa que nós lacramos nas urnas no dia 2 de setembro. Não há participação humana. A sala de totalização apenas acompanha se há algum problema na rede ou sobrecarga, exatamente para evitar problemas Os técnicos fazem esse trabalho com total fiscalização", disse Moraes.
Fonte: Agência Estado
Nenhum comentário:
Postar um comentário