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domingo, 23 de fevereiro de 2025

Pesquisa da Fecomércio aponta queda do endividamento em Fortaleza

 

Pesquisa da Fecomércio aponta 

queda do endividamento em Fortaleza

O número representa uma redução de 3,6 pontos percentuais em relação a janeiro

O endividamento dos consumidores de Fortaleza apresentou queda em fevereiro, atingindo 70,8% dos lares, de acordo com a pesquisa mensal realizada pela Fecomércio Ceará por meio do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC). O número representa uma redução de 3,6 pontos percentuais em relação a janeiro (74,4%) e se mantém abaixo do percentual registrado no mesmo período do ano passado (72,2%). 


A diretora institucional da Fecomércio, Cláudia Brilhante, avalia que o cenário aponta para um maior controle financeiro por parte dos consumidores, mas ainda exige atenção. "A redução do endividamento é um dado positivo, pois demonstra um maior equilíbrio no consumo das famílias e um maior poder de compra, o que é uma boa notícia para o comércio”, destaca.


O estudo aponta que o perfil do consumidor endividado em Fortaleza é predominantemente formado por mulheres (71,8%), pessoas entre 25 e 34 anos (77,9%) e indivíduos com renda de até cinco salários-mínimos (72,6%).


Entre as principais fontes de endividamento, o cartão de crédito continua sendo o maior vilão, citado por 82,6% dos entrevistados. Em seguida, aparecem os financiamentos bancários (14,7%), os empréstimos pessoais (11,5%) e os carnês e crediários (3,9%).


Os gastos essenciais seguem sendo os principais responsáveis pelo endividamento. Entre os entrevistados, 65,5% relataram que utilizam crédito para a compra de alimentos, enquanto outros mencionaram despesas com vestuário (37,3%), custos com saúde (28,5%) e aquisição de eletrodomésticos (24,5%).


Menos consumidores com contas atrasadas


Outro dado positivo do levantamento é a queda no número de consumidores com contas em atraso, que caiu de 20,6% em janeiro para 18% em fevereiro – o menor índice dos últimos cinco anos.


No entanto, entre aqueles que ainda enfrentam dificuldades para manter as contas em dia, os principais motivos citados foram o desequilíbrio financeiro (59%), o adiamento do pagamento para outras prioridades (39,7%), a perda de prazo por negligência (11,4%) e a contestação da dívida (9%). O prazo médio de atraso das dívidas é de 75 dias, o que reforça a necessidade de medidas para evitar a inadimplência.


Impacto no comércio local e desafios futuros


A taxa de inadimplência potencial – que mede o percentual de consumidores que terão dificuldades para pagar suas dívidas nos próximos meses – ficou em 10% em fevereiro, um leve aumento em relação a janeiro (9,8%), mas abaixo do índice registrado no mesmo período de 2024 (11,1%).


A pesquisa também revelou que 74,9% dos consumidores de Fortaleza afirmam fazer um orçamento mensal e acompanhar seus gastos, mas 25,1% ainda não possuem um controle financeiro eficaz.


Os principais fatores que impactam o orçamento dos consumidores cearenses são a falta de controle dos gastos (62,4%), o aumento das despesas essenciais (23,6%), compras por impulso (22,9%), gastos imprevistos (15,4%) e desemprego (11,9%).


A pesquisa também reforça a importância da educação financeira e do consumo consciente para evitar o superendividamento e garantir um equilíbrio sustentável nas finanças das famílias cearenses. 



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