O
Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8 de março, é uma
oportunidade para refletirmos sobre a luta histórica das mulheres por
igualdade de direitos e sobre a importância de educar as futuras
gerações para um mundo mais justo e democrático. No ambiente escolar,
essa discussão se torna ainda mais relevante, pois é na infância que os
valores fundamentais são formados. Promover o debate sobre igualdade de
gênero desde cedo contribui para a formação de adultos mais conscientes e
engajados na construção de um mundo menos desigual.
A
educação desempenha um papel fundamental nesse processo, proporcionando
espaço para o desenvolvimento de um pensamento crítico sobre a
realidade vivida por muitas mulheres. Dessa forma, garantir que os
alunos compreendam a história e os desafios das mulheres é um passo
essencial para a transformação social e o fortalecimento da igualdade de
oportunidades.
Carolina
Sperandio, Diretora da Unidade Granja Vianna do Colégio Rio Branco,
enfatiza a necessidade de iniciar essa educação desde cedo. "Mais do que
abordar anualmente o Dia da Mulher no ambiente escolar, é essencial
educar meninos e meninas, cotidianamente, para que respeitem as mulheres
em sua condição de existência. O reconhecimento da data traz luz à luta
por direitos fundamentais e deve ser compreendido dentro de seu
contexto histórico como uma forma de vislumbrar um futuro mais justo e
menos hostil para as meninas e mulheres. E vejo como caminho para
conseguirmos formar adultos melhores, a educação: com a criação de
programas sérios de formação e com a divisão (e maior valorização) do
trabalho do cuidado nas famílias, muitas vezes delegado exclusivamente à
mulher.” De acordo com dados do Censo Demográfico de 2022, 49,1% dos lares brasileiros estão sob a responsabilidade das mulheres e em 10 estados brasileiros esse número supera os 50%.
Para
o Colégio Rio Branco, a escola deve ir além do desenvolvimento de
conteúdos curriculares, deve ser um espaço de reflexão e formação
cidadã, promovendo valores como respeito, justiça e ética. Essa
responsabilidade se traduz em projetos que incentivam o protagonismo
feminino e garantem a igualdade de oportunidades. "Discutir com os
estudantes a participação efetiva das mulheres em todos os níveis da
sociedade e oportunizar às meninas o exercício de liderança em ações
educativas são exemplos do papel transformador que a educação pode
desempenhar. O compromisso com o ODS 5, da Agenda 2030 da ONU, que visa alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas,
reforça a necessidade de que a escola promova a equidade e combata toda
forma de preconceito e discriminação. E para fortalecer tais
experiências, a escola e família precisam assumir juntas esse
compromisso", comenta Carolina.
Iniciativas que fazem a diferença
Dentre
as iniciativas promovidas pelo Rio Branco, destaca-se uma das edições
do Festival do Livro em Família, que, recentemente, teve como tema
"Mulheres que fazem e sempre fizeram história". O evento, que recebeu
convidadas e destacou trajetórias de mulheres notáveis nas ciências,
artes, literatura, cultura, proporcionou aos alunos um contato mais
profundo com a relevância histórica e social de mulheres notáveis.
Outra
iniciativa de impacto é o Coletivo Humana Mente. Desde 2013, o grupo,
formado por alunos do 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio,
professores e intérpretes de Libras, reúne-se semanalmente para discutir
temas sociais relevantes, proporcionando um ambiente de discussão,
reflexão, produção artística e cultural sobre pautas contemporâneas e
sensíveis aos alunos. Como resultado de suas reflexões, o Coletivo
Humana Mente já recebeu diversos prêmios, inclusive da ONU Mulheres.
Além
disso, o colégio incentiva as meninas a participarem de ações de
protagonismo, olimpíadas acadêmicas, como a Quimeninas e Meninas na
Ciência, fortalecendo, assim, a autoestima e encorajando trajetórias em
áreas ainda predominantemente masculinas.
O papel da família na educação para a igualdade
A
família desempenha um papel essencial na formação de valores desde a
infância, sendo a primeira instância de socialização das crianças e onde
elas aprendem a exercitar princípios como respeito e empatia. Quando os
pais e cuidadores adotam uma postura consciente e participativa,
promovem um ambiente que estimula meninos e meninas a enxergarem uns aos
outros com reciprocidade, respeito e menos julgamentos.
A
partir disso, Carolina ressalta que “O primeiro passo deve ser a
ampliação do olhar e o reconhecimento da realidade que vive a maioria
das mulheres no mundo, depois a manutenção de um diálogo contínuo com as
crianças e jovens a partir de dados e de notícias divulgadas
mundialmente. E como nada educa mais que o exemplo, sendo referência
positiva, valorizando a sororidade, respeitando direitos fundamentais e
combatendo todo tipo de violência.”
Para
que a educação para a igualdade de gênero seja efetiva, é essencial que
os adultos também reflitam sobre seus próprios comportamentos e
crenças. Isto inclui dividir tarefas domésticas de forma equilibrada,
ensinar crianças a valorizar as conquistas e as escolhas femininas e
mostrar, por meio do exemplo, que todos devem ter oportunidades iguais.
Educar
para a igualdade de gênero é um compromisso coletivo que exige a
participação ativa da escola, da família e da sociedade como um todo.
Somente por meio da educação e do exemplo será possível formar uma
geração mais justa, empática e preparada para lidar com as
transformações do mundo.
Sobre o Colégio Rio Branco (www.crb.g12.br) – O
Colégio Rio Branco é uma das mais reconhecidas instituições de ensino
do Brasil, com unidades de Educação Infantil ao Ensino Médio em São
Paulo (Higienópolis) e Cotia (Granja Vianna). O colégio é associado à
UNESCO e orienta seu projeto pedagógico na aquisição de conhecimentos e
competências permeadas pelo diálogo, respeito à diversidade, atitude
crítica e edificada em princípios éticos e de solidariedade.
Mira Comunicação
Amanda Barbosa - amanda.barbosa@miracomunica.com.br
Renata Tomoyose- renata.tomoyose@miracomunica.com.br
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