Os
consumidores que dependem do botijão de gás para cozinhar estão
encontrando dificuldade para comprar o produto em toda a Bahia. Devido a
uma manutenção na Refinaria de Mataripe, a distribuição de gás foi
reduzida para as distribuidoras. Por causa disso, quase 50% das
revendedoras estão fechadas, pela escassez do produto. Uma delas é a
Mello Santos Comercial de Gás, em Simões Filho. Desde sábado (5), o
estabelecimento está fechado porque não tem mais botijão. "Há um ano a
distribuição está ruim, mas a crise se acentuou bastante tem 15 dias. E
na semana passada ficou pior. Tem 4 dias que minha revenda está fechada.
Isso quebra qualquer empresa. Temos clientes que ligam e não tem gás. A
pessoa vai cozinhar como?", diz Rosana Mello, proprietária da revenda.
Segundo ela, várias distribuidoras têm encontrado dificuldade no estado.
"Não só a Ultragaz, a Nacional Gás, todo mundo está enfrentando o mesmo
problema, que é com a refinaria, que foi privatizada e é quem fornece o
produto aqui na Bahia", reclama a revendedora.
Robério Souza, presidente do Sindicato Dos Revendedores de Gás do
Estado da Bahia (SinRevGás), estima que cerca de 400 revendedoras
estejam fechadas por falta de gás, desde a semana passada. Em Salvador, a
situação é mais crítica no Subúrbio Ferroviário. "Apuramos 4 revendas
fechadas por falta de produto. As pessoas precisam andar 10km para achar
um botijão", diz. Ele explica que a situação só veio à tona agora
porque havia a expectativa de que a situação fosse regularizada. "Temos
relatos de revendedores sem conseguir carregar e se ter o produto. A
gente estava retendo essa informação na esperança de que o cenário
melhorasse, e com medo da corrida das pessoas para ir abastecer os
botijões e acabar de uma vez", explica. No entanto, a situação só foi
agravada em todo o estado. Segundo Robério, as poucas revendedoras que
conseguem receber o produto não têm o pedido atendido por completo. "Os
que estão recebendo de forma rateada, quem recebia 40, recebe 20. Sempre
50% do seu pedido. Às vezes só 30% do pedido", detalha. Em nota, a
Acelen, que administra a Refinaria de Mataripe, informou, em nota, que
"que está atuando ativamente para regularizar o fornecimento de GLP aos
seus clientes". Ainda segundo a empresa, unidades da refinaria estão
passando por manutenção programada e que, por isso, foi necessário
ajustar os prazos previstos para retomada de produção por questões de
segurança de processo. "Estamos desde então buscando meios alternativos
para abastecer a todos com segurança, transparência e qualidade.
Esperamos nos próximos dias ter regularizado o cronograma de produção e
retomar o abastecimento regular", finaliza.
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