(Fiat/Divulgação)
No mercado de automóveis é comum ter versões esportivas e aquelas chamadas pejorativamente de "esportivadas”. São aqueles carros com adereços esportivos, penduricalhos e adesivos. Mas sob o capô não tem nada de diferente das demais versões.
Mas a Fiat resolveu fazer diferente. A marca que também já bebeu na fonte dos esportivados com criações insólitas como o Idea Sporting, acaba de apresentar o Pulse Abarth. A versão venenosa de seu SUV compacto.
O carrinho impetuoso não era novidade, já tinha sido revelado no Big Brother Brasil, no primeiro semestre. Mas faltava era ver o carro de fato. O Pulse Abarth não conta com logo da marca italalina. Ele tem o escudo do escorpião na grade do radiador e a grafia da divisão esportiva na tampa do porta-malas.
Inclusive, esse carro estreia a divisão como marca própria. Igual a Dodge fez com a Ram, anos atrás. Esse carro faz parte da nova estratégia da Fiat, que é deixar de ser uma marca de automóveis de baixo custo, para se posicionar num tíquete mais alto.
Em 2015, 70% das vendas da italiana eram de carros populares. Este ano o quadro inverteu, são 60% dos licenciamentos nos segmentos SUV e picapes, contra 40% nos modelos de entrada.
Claro que nessa conta entra a picape Strada, que é líder de vendas absoluta no mercado e ajuda no gráfico da marca. A Strada não é propriamente um carro de valor agregado elevado, mas encareceu muito nos últimos dois anos. Para o ano que vem a Fiat espera que 65% das vendas sejam de produtos da “prateleira do alto”.
O Pulse Abarth
O Pulse Abarth tem como principal diferencial a inclusão do motor 1.3 turbo de 185 cv e 27 kgfm de torque, já utilizados na Toro e Fastback. A unidade é combinada com transmissão automática de seis marchas.
O grande barato é que esse carro passou por um extenso mapeamento eletrônico. A tecla Poison (veneno), que é a mesma Sport dos demais modelos Fiat altera diversos parâmetros, como elevação da rotação em 30%, assim como trocas rápidas, e reduções acompanhadas de frenagem.
Ou seja, quando se pisa nos freios, a caixa começa a reduzir as marchas, para aplicar freio motor e manter o giro elevado para favorecer as retomadas.
O modo Poison também altera o peso da direção, que fica mais firme e oferece melhor controle direcional. A Fiat ainda afirma que é possível acelerar 42% mais rápido nesse modo. É o veneno da lata, de verdade.
A suspensão também foi melhorada. Ele recebeu amortecedores mais firmes e teve a altura reduzida em 10 mm. No eixo dianteiro (McPherson) foi aplicada uma barra estabilizadora. Na traseira ele tem a velha barra de torção, mas a Fiat garante que ficou mais firme e estável.
Visual
O Pulse Abarth tem estilo arrojado, com direito a para-choque do Fastback, mas com detalhes exclusivos na grade e na base. Na lateral, ele ganhou saias e molduras nas portas e adesivos tradicionais dos modelos Abarth.
Já na traseira, o principal destaque é o para-choque esportivo, que remete ao do 500 Abarth, que chegou a ser vendido no Brasil em 2015. As ponteiras duplas também se despontam e oferecem ronco mas áspero. E por fim o aerofólio integrado e a antena do tipo barbatana.
Por dentro, o painel segue o padrão do Pulse padrão, mas com estilo mais esportivo, com acabamento em preto e detalhes em vermelhos. Os bancos tem a forração exclusiva em couro.
A lista de conteúdos conta com ar-condicionado digital, quadro de instrumentos digital, partida sem chave, multimídia flutuante, com conexão para smartphones, câmera de ré e assistentes de condução.
O preço da brincadeira também queima como uma picada de escorpião: R$ 149.990.
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