O argumento central do ministro é que a transformação do cenário econômico ainda não apresenta uma “absorção econômica”
Foto: Reila Maria/Câmara dos Deputados
O ministro da Cidadania, João Roma, defendeu junto ao presidente Jair Bolsonaro uma solução para apoiar o contingente de informais que deixarão de receber o auxílio emergencial e não se enquadram no novo programa Bolsa Família, o Auxílio Brasil, segundo apurou o Estadão/Broadcast.
São os “invisíveis” que não faziam parte dos cadastros de programas sociais. O ministro argumentou ao presidente que o avanço da vacinação está colaborando para o início da recuperação econômica, mas essas pessoas ainda sofrem as consequências da pandemia.
A forma como esse apoio poderá ser feito depende das discussões finais no governo e no próprio Congresso, mas o presidente acenou nesta segunda-feira, 18, com o anúncio da extensão do auxílio emergencial ainda nesta semana, durante evento em Minas Gerais. Roma estava com o presidente.
Em entrevista ao Estadão/Broadcast há três semanas, Roma foi o primeiro integrante do governo a falar abertamente da prorrogação do auxílio.
O argumento central do ministro é que a transformação do cenário econômico ainda não apresenta uma “absorção econômica” dessas invisíveis porque as consequências sociais da pandemia ainda não foram dizimadas.
Contrários à prorrogação do auxílio, com despesas fora do teto de gastos, integrantes da equipe econômica tentam barrar soluções que caminhem na prorrogação do auxílio fora do teto de gastos. Eles chamaram a situação de momento em que “placas tectônicas estão se movimentando”.
Em outras frente, o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), disse mais cedo ao Estadão/Broadcast que o auxílio emergencial poderá ser prorrogado por 60 dias com um valor menor enquanto o Executivo discute a viabilidade do Auxílio Brasil, programa desenhado para substituir o Bolsa Família.
Além de uma prorrogação pura e simples do auxílio, com as despesas fora do teto de gastos, o governo discute lançar um auxílio temporário emergencial. Seria um valor adicional pago à população de baixa renda até o fim de 2022. Esse novo benefício pode incorporar um vale-gás, para ajudar as famílias num momento de alta nos preços dos combustíveis, e viria acompanhado de um reajuste para repor a inflação nos benefícios atuais do Bolsa Família, que estão congelados desde 2018 e na média ficam em R$ 189.
Fonte: Estadão Conteúdo
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