IBGE solta números animadores, mas gargalo de insumos vindos da China preocupa especialista
Foto: Reprodução
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, o varejo brasileiro apresentou uma melhora no desempenho na passagem de abril para maio, o que fez o volume de vendas ficar 3,9% acima do nível de fevereiro de 2020, no pré-pandemia.
Setores como os de material
de construção, artigos farmacêuticos, artigos de uso pessoal e
doméstico, supermercados, móveis e eletrodomésticos estão com superavit
em relação ao mesmo período do ano passado, o que cria um clima de
euforia entre os economistas. Porém, nem tudo são flores em relação a
esse cenário de uma provável retomada. “Há uma tendência de falta de
produtos e insumos vindos da China”, alerta Claus Malamud, mentor de
mercados asiáticos e sócio do Mr China Imports
(www.mrchinaimports.com.br), empresa especializada em facilitar o acesso
ao comércio exterior, que já importou mais de mil contêineres e
milhares de produtos chineses.
Segundo o especialista, que dá
dicas e informações sobre o mercado asiático no IG @mrchinaimports, o
tempo de produção de insumos na China já está mais alto que o normal. “A
depender do produto, antes podíamos agendar com sete dias de
antecedência, e pagando fretes no valor de 1/5 em relação ao que se paga
hoje. Atualmente, estamos agendando com 15, 20 dias de antecedência
para conseguir uma vaga no container que está custando cerca de 10 mil
dólares”, explica.
Essa tendência de reaquecimento do mercado
deve-se, em grande parte, com o otimismo gerado na economia pela
aplicação das vacinas contra o COVID-19, mas os comerciantes, além de
médios e pequenos empreendedores, devem ficar atentos com a proximidade
de duas datas importantes para o comércio: Dia das Crianças e o Natal.
“O mais seguro é realizar as importações com três, quatro meses de
antecedência antes de qualquer grande data comemorativa”, diz Claus.
Para
ajudar os pequenos e médios importadores que desejam se precaver dos
riscos de ficarem sem mercadoria para as datas comemorativas, Claus
Malamud deixa abaixo algumas dicas. Confira:
- Sempre fazer
uma busca de parceiros e não apenas de fornecedores. Buscar negociar uma
quantidade mais alta de produtos, pois os chineses valorizam um maior
volume na hora de negociar;
- Validar o fornecedor, estudar o
seu mercado, e sempre levar em conta os possíveis atrasos na entrega,
devido à falta de espaço, oscilações no câmbio ou pela instabilidade
atual;
- Verificar as taxas finais de importação e fazer o
estudo de viabilidade. Foque em fazer sua marca, com embalagem, proposta
de vendas, sac e todo o negócio voltado para o cliente final. o cliente
quer experiencia e não apenas produtos;
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