São Paulo, 23 de agosto de 2021 – Uma
pesquisa global da Experian mostra que os brasileiros foram os que mais
passaram a solicitar crédito online durante a pandemia de Covid-19. Em
uma questão que analisa o comportamento digital em todo o mundo, as
alternativas de solicitações de cartões de crédito cresceram 5 pontos
percentuais e a de pedidos de empréstimos aumentou 9 p.p., enquanto nos
outros países houve estabilidade e até queda. Segundo
o diretor de Decision Analytics da Serasa Experian, Pedro Braga, “a
pandemia aumentou a já crescente demanda pelo autoatendimento digital
relacionado a solicitações de crédito e a busca de assistência no
cumprimento das obrigações financeiras. Os consumidores não só querem
como esperam ser possível solicitar crédito quando e onde eles
estiverem, geralmente utilizando um dispositivo móvel”. Para Braga, a
adaptação deve ser primordial, uma vez que os dados mostram ainda que um
a cada quatro consumidores começou a comprar em outro lugar porque uma empresa da qual era cliente não se adaptou às suas necessidades digitais. Outro
fator que impacta nas mudanças é o cenário econômico mundial, com
incentivos governamentais e linhas de crédito mais acessíveis, que
acabam fazendo com que as companhias tenham o desafio de identificar a
real situação dos consumidores. Por isso cerca de metade delas em todo o
mundo estão dedicando recursos para aprimorar suas capacidades
analíticas. Os investimentos em analytics, como soluções de Machine Learning,
permitem que os negócios usem conjuntos de dados não tradicionais
rapidamente, expliquem o que os dados estão revelando e testem novos
modelos de previsão e risco de crédito. “Empresas
inovadoras precisarão ir além das fontes de dados tradicionais e
aproveitar dados alternativos e sintéticos a fim de antecipar as
necessidades de crédito de seus clientes ao usar ferramentas para
automatizar o processo e reduzir o risco. Bons exemplos são as
iniciativas como o Cadastro Positivo e Open Banking no Brasil, que
auxiliam a aprimorar as análises”, comenta Braga 1 em cada 3 consumidores no mundo ainda se preocupa com as finanças A
pandemia trouxe ainda muitas mudanças nos perfis financeiros dos
consumidores, que hoje globalmente se dividem entre aqueles que ainda
enfrentam preocupações com as finanças e outros que afirmam já terem se
recuperado deste período de distanciamento social. Globalmente, 1 em
cada 3 pessoas ainda apresenta essa preocupação, ainda que a pesquisa
indique também uma queda entre os que dizem ter reduzido os gastos
supérfluos. No Brasil, ainda que a atenção aos problemas financeiros
ainda seja maior do que a média global (44%), alguns pontos indicam
melhora, como a redução daqueles que utilizam as reservas financeiras
para manter as contas em dia. Com
essa diferença no perfil econômico, as empresas precisam entender bem
seu público-alvo e o segmento no qual atua para uma melhor tomada de
decisão de risco de crédito. O relatório global indica três ações
essenciais para os líderes que desejam ter bons resultados, mesmo neste
período atípico: alavancar dados e análises, para obter um entendimento
abrangente do risco e quais oportunidades o portfólio de produtos e
serviços oferece, assim como ter agilidade na identificação de mudanças
nos perfis dos clientes para desenvolver a melhor estratégia; envolver
os clientes de forma proativa, com novos produtos de crédito e condições
para auxiliar a retomada; e preparação para possível onda de
inadimplência, dando condições possíveis para quem ainda enfrenta
dificuldade e evitando perdas financeiras maiores ao negócio. “Os
países enfrentaram a pandemia e observam seus efeitos de formas
diferentes, com consequências às companhias e aos consumidores. Por isso
a importância de entender o momento que a região vive, seus níveis de
desemprego e inadimplência, além dos movimentos do setor de atuação,
para desenvolver estratégias que atendam diferentes necessidades de
crédito. Os credores precisam entender agora, mais do que nunca, quem
são seus clientes e fornecer a eles as soluções certas na hora certa”,
afirma Pedro Braga. Metodologia O
material resultou de três estudos realizados entre junho de 2020 e
janeiro de 2021. Foram entrevistados 9.000 consumidores e 2.700 empresas
de 10 países: Alemanha, Austrália, Brasil, Cingapura, Espanha, Estados
Unidos, França, Índia, Japão e Reino Unido. |
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