Gosmas
alienígenas protagonizam THE MOTHERFUCKING GOO TTRPG, novo jogo de
interpretação de personagens em financiamento coletivo pelo Catarse
Campanha Catarse
https://bit.ly/36IdVng
As coisas viscosas, disformes e balbuciantes que assombraram a imaginação dos adolescentes da década de 1980 estão de volta em THE MOTHERFUCKING GOO TABLETOP ROLE-PLAYING GAME
(ou TMFG TTRPG), jogo de interpretação de personagens que coloca
monstruosidades amórficas como protagonistas da história. Em
financiamento coletivo pelo Catarse, título mistura a ação dos jogos de
tabuleiro e brincadeiras de faz de conta para homenagear os seres
alienígenas que fizeram tanto sucesso nos cinemas.
Ao
invés de jogar com guerreiros de capa e espada ou poderosos magos —
heróis típicos da fantasia medieval popularizada pelo escritor J. R. R.
Tolkien —, os participantes de uma típica sessão de TMFG TTRPG assumem a identidade das coisas que geralmente caem do espaço para devorar toda e qualquer forma de vida do planeta.
“É uma ideia absurda, exótica e divertida. Uma oportunidade de explorar o lado mais obscuro dos jogos de interpretação”, comenta Walter Fiuza, jornalista e autor do projeto. “Os
alienígenas são náufragos espaciais? Formas de vida criadas em
laboratório? Ou uma espécie antediluviana desconhecida? São muitas
perguntas em um oceano infinito de possibilidades, e os jogadores
preencherão estas lacunas ao longo da partida”.
Segundo
o autor, basta inventar um nome científico e determinar a origem, o
bioma, a cor predominante e a composição nuclear para criar um legítimo
representante daquilo que espreita entre as páginas de THE MOTHERFUCKING
GOO TTRPG.
“No capítulo Como Devorar Amigos e Hipnotizar Pessoas,
apresento o Capitão Sardinha (Nautilus Tenebris), autointitulado Mestre
dos Oceanos. Este é um personagem estranho, uma água-viva com delírios
de grandeza que vive nas fossas abissais do Oceano Pacífico, e um ótimo
exemplo de como deixar sua marca neste mundo de imaginação. Porém, qual
seria a reação de tal criatura, acostumada a enfrentar tubarões
pré-históricos e lulas gigantes, ao ver um submarino de pesquisa humano?”, comenta Walter.
É
possível conduzir aventuras no planeta Terra, entretanto, o livro
oferece opções para levar a narrativa além da atmosfera do planeta azul.
Estações espaciais, laboratórios lunares, ecossistemas alienígenas ou
realidades alternativas são cenários possíveis para introduzir os
personagens em tramas cheias de mistério, aventura e emoção. Neste caso,
a única limitação é a própria imaginação dos participantes.
MOTHERFUCKING GOO TTRPG
está em financiamento coletivo até 2 de setembro na modalidade
tudo-ou-nada da plataforma Catarse. A meta para o lançamento do livro em
formato digital (PDF) é de R$ 5.000,00.
Quais são as regras dos mundos de imaginação?
Ninguém
ganha ou perde nos jogos de interpretação de personagens, também
conhecidos como RPGs (ou Role-Playing Games), uma vez que o objetivo é
compartilhar de bons momentos ao lado dos amigos.
Um
participante assume a responsabilidade de contar a história, controlar
os coadjuvantes e descrever a reação do mundo frente à decisão dos
personagens interpretados pelos jogadores. Ele é o narrador, o mestre da
sessão, e sua função é colocar obstáculos para adicionar elementos de
surpresa e desafio na narrativa.
O
outro lado da turma é composto pelos jogadores e seus respectivos
personagens. E cada indivíduo carrega seus próprios dramas pessoais e
objetivos, como os heróis dos filmes e na literatura. A única diferença é
que não há roteiro nos jogos de RPG, e os participantes são livres para
interpretar seus protagonistas da maneira que acharem melhor.
Jogar
RPG é um exercício de construção coletiva, a elaboração de um mundo
vivo e verossímil de fantasia e ficção. No entanto, como todo o jogo,
regras são necessárias para estruturar a ação. O sistema de THE
MOTHERFUCKING GOO TABLETOP ROLE-PLAYING GAME foi idealizado para fazer
com que a narrativa seja fluída e a aventura aconteça de modo visceral,
sem interrupções desnecessárias.
A
mecânica central utiliza dados de 6 lados para resolver as situações em
que as chances de sucesso ou falha da monstruosidade rastejante não
sejam claras. Dependendo do resultado, também é possível ganhar Mutações
ou Deformidades específicas, que adicionam bônus ou penalidades nas
jogadas.
Por
exemplo, com um sucesso é possível criar asas e sobrevoar o penhasco.
Ficar invisível para escapar dos seguranças do laboratório ou hipnotizar
o cientista para fugir da zona de quarentena.
Sobre o autor
Walter
Fiuza é jornalista e escritor, e encontra inspiração nas obras de
Arthur C. Clarke, Stanislaw Lem, Terry Pratchett, Neil Gaiman, Ray
Bradbury, Robert E. Howard e nos livros-jogos criados por Ian
Livingstone e Steve Jackson na década de 1980.
THE
MOTHERFUCKING GOO TTRPG é uma mistura heterogênea de muitas
referências, e o primeiro trabalho do escritor no segmento dos jogos de
interpretação de personagens.
Walter tem 35 anos e mora em São Paulo (Brasil), com a esposa Núbia, o pequeno Joaquim e o inseparável cão Bilbo Bolseiro.
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