Dados
da Sondagem da Indústria da Construção revelam a recuperação do setor. A
utilização da capacidade operacional manteve-se estável no ponto mais
alto nos últimos sete anos
A Sondagem da Construção mostra recuperação do setor. Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
revela avanço pelo segundo mês consecutivo da atividade, emprego com
tendência de recuperação e capacidade operacional no ponto mais alto
desde 2014, refletindo o melhor desempenho do setor. Nesse cenário, o
Índice de Confiança da Empresa Industrial (ICEI) atingiu o maior patamar
de 2021; além disso, também houve um aumento significativo na intenção
de investir em agosto. O indicador de intenção de investir registrou o
maior valor desde 2014, aproximando-se da linha divisória de 50 pontos.
▶ Acesse aqui entrevista com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
Pelo
segundo mês consecutivo, após um primeiro semestre marcado por recuos, o
desempenho da Indústria da Construção foi positivo, com 51 pontos numa
escala de 0 a 100. Ou seja, a atividade ficou um ponto acima da linha de
corte (50 pontos), o que indica crescimento na comparação com o mês
anterior. O nível de emprego ficou em 50 pontos, caracterizando
estabilidade em relação a junho. “É comum que a recuperação do emprego
aconteça após a recuperação da atividade econômica, o que explica o
desempenho mais modesto do mercado de trabalho e o aumento das
expectativas de contratações para os próximos meses”, destaca o
relatório técnico.
Diante
do cenário positivo, o ICEI-Construção aumentou 1,9 ponto em relação a
julho, atingindo 59,7 pontos. É o maior índice registrado em 2021, o que
indica confiança intensa e disseminada no setor. O otimismo vem
crescendo desde agosto de 2020. Neste período, o índice acumulou alta de
5,7 pontos, sempre acima da linha de corte (50 pontos). Movimento
também significativo foi constatado no Índice de Condições Atuais, que
cresceu em 2,3 pontos em relação a julho, atingindo 52,4 pontos em
agosto. O avanço foi influenciado principalmente pela melhor avaliação
das condições da economia brasileira, que passou de 47,6 pontos em julho
para 51,3 em agosto, ou seja, saiu de uma avaliação de piora das
condições correntes para uma de melhora. O índice de condições atuais
das empresas cresceu de 51,2 pontos em julho para 53,1 em agosto.
Construção registra em agosto otimismo intenso e intenção de investir
O
otimismo é crescente em todos os indicadores analisados em agosto na
comparação com o mês anterior. O índice de expectativas para o nível de
atividade dos próximos seis meses aumentou em 2,2 pontos em relação a
julho, atingindo 57,7 pontos. Quanto aos novos empreendimentos, o
aumento do índice de expectativas foi de 1,7 ponto, registrando 56,3
pontos. O índice de expectativa de compras de insumos e matérias-primas
mostrou avanço de 2,1 pontos em relação a julho, enquanto o índice de
expectativas do número de empregados para os próximos seis meses foi de
54,4 pontos em agosto, um aumento de 1,3 ponto no mês.
Puxado
pelo otimismo, o índice de intenção de investir da Indústria da
Construção encontra-se no ponto mais alto desde 2014. O aumento na
comparação com julho foi de 3,5 pontos, alcançando 45,4 pontos. Em
relação a agosto de 2020, a alta foi ainda mais expressiva, de 5,9
pontos.
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