Entre janeiro e julho de 2021, o país ganhou 11 novas IGs, que reconhecem a
notoriedade de um local na produção de bens e serviços e protegem essa origem
Um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
mostra que em apenas sete meses, o Brasil ganhou 11 novas indicações
geográficas, ultrapassando o recorde de concessões de 2020, quando, ao
longo de todo o ano, foram registradas 10 IGs. Ao todo, o país conta com
86 produtos e serviços protegidos.
Indicações
geográficas são os mecanismos de propriedade intelectual que reconhecem
a fama, a notoriedade e/ou a singularidade de um território na produção
de um bem ou serviço. Assim, ajudam a proteger essa origem, sendo uma
importante aliada de produtores e também de consumidores. No Brasil, o
órgão responsável pela análise dos pedidos é o Instituto Nacional da
Propriedade Industrial (INPI).
“A
evolução dos registros nos mostra que cresce a percepção, nos setores
produtivos, do valor desse instrumento para valorizar seus produtos e
diferenciá-los num mercado consumidor cada vez mais exigente”, afirma o
superintendente de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional
da Indústria (CNI), João Emilio Gonçalves.
Entre
os reconhecidos deste ano, estão itens bastante famosos no mercado
brasileiro, como os chocolates artesanais de Gramado (RS), o queijo de
Marajó (PA), a farinha de mandioca de Bragança (PA) e as redes
fabricadas em Jaguaruana (CE).
Conheça as IGs reconhecidas em 2021
Indicações de Procedência
Chocolate artesanal - Gramado (RS)
Queijo de búfala - Marajó (PA)
Farinha de mandioca - Bragança (PA)
Café conilon - Estado do Espírito Santo (ES)
Redes - Jaguaruana (CE)
Vinho de altitude - Santa Catarina (SC)
Denominações de Origem
Café - Caparaó (ES/MG)
Café - Montanhas do Espírito Santo (ES)
Café robusta - Matas de Rondônia (RO)
Pirarucu – Mamirauá (AM)
Mel de melato - Planalto Sul Brasileiro (SC/PR/RS)
O café é rei
Mas,
o grande destaque vai para o café (e para o Espírito Santo!): quatro
novas regiões passam a ser consideradas IGs, sendo três denominações de
origem (DO) – Caparaó (ES/MG); Montanhas do Espírito Santo (ES) e Matas
de Rondônia (RO) – e uma indicação de procedência (IP) para o café
conilon, também conhecido como café robusta, em todo território do
Espírito Santo.
Agora,
12 territórios brasileiros contam com indicações geográficas para o
café, com 5 DOs e 7 IPs. O saldo faz desse grão, tão tradicional na
gastronomia brasileira, o produto com o maior número de proteções de
origem do país. Na sequência, vêm os vinhos, com nove registros – 8 IPs e
1 DO -, com dominância do Rio Grande do Sul, com sete registros.
Entenda as diferenças entre IP e DO
A
Indicação de Procedência (IP) é o reconhecimento de país, cidade ou
região que se tornou notório pela extração ou fabricação de um produto
ou prestação de um serviço.
A
Denominação de Origem (DO) é concedida quando as características de um
produto ou serviço resultam de influência do meio geográfico (o terroir)
de um país, cidade ou região, incluindo fatores naturais e humanos.
Indicações Geográficas do café brasileiro
Denominação de Origem
Cerrado Mineiro (2013) - MG
Mantiqueira (2020) – MG
Caparaó (2021) – ES/MG
Montanhas do Espírito Santo (2021) – ES
Matas de Rondônia (2021) – RO
Indicação de Procedência
Norte Pioneiro do Paraná (2012) – PR
Alta Mogiana (2013) – SP
Mogiana de Pinhal (2016) – SP
Oeste da Bahia (2019) – BA
Campo das Vertentes (2020) – MG
Matas de Minas (2020) – MG
Espírito Santo (2021) - ES
O Brasil que a Gente Produz
Desde 2018, com o especial O Brasil que a Gente Produz,
a CNI apresenta ao público as histórias das pessoas que trabalham
diariamente para valorizar o que é produzido de melhor no território
brasileiro.
Em
duas temporadas, a reportagem já explorou contos e fatos sobre vinho,
queijo, café, cacau, erva-mate, farinha, erva-mate e, claro, a cachaça,
esse verdadeiro patrimônio nacional. Confira o conteúdo multimídia e
valorize o produto nacional!
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