O
doutor em letras, Pablo Jamilk, reprovou a linguagem usada no convite
de reabertura do museu da língua portuguesa, publicado semanas antes da
reabertura do museu, que se deu dia 31 de julho, em São Paulo.
No convite publicado no twitter, a conta do museu usou a expressão “Todes”, para convidar as pessoas a visitarem o museu.
Confira o post: https://twitter.com/MuseudaLingua/status/1414704318800875520
“É
altamente reprovável o Museu da Língua Portuguesa (que, supostamente,
ajuda a preservar o legado da Língua), utilizar uma expressão artificial
para representar algo que já existe na própria Língua: a referência
neutra. Isso indica que o departamento de comunicação estava mais
preocupado com a atração de audiência, a exemplo das empresas que buscam
polemizar pela utilização da proposta de neutralização artificial de
gênero.”
Pablo ainda
comenta, que utilizar essa linguagem em informes publicitários e
convites públicos, incita a segregação, pois gera debates e ataques à
comunidade LGBTQIA+, que já é muito discriminada.
Alguns
ativistas, que pregam o uso dessa linguagem, dizem representar a massa,
mas isso não procede, já que a maioria da população LGBTQIA+, não se
identifica com essa nova linguagem, pois entendem que ela não é
necessária e que ela traz mais dificuldade tanto na fala como na
escrita.
Recentemente
o professor lançou o livro “Linguagem Neutra de gênero – Um Debate
Necessário”, e com base em anos de estudo, ele explica como essa nova
linguagem não faz sentido e jamais deve ser implementada como
obrigatória.
Pablo
comenta que entre as pessoas que julgam a linguagem neutra como algo
essencial podem utilizar dessa forma de expressão livremente (porque
ninguém arbitra sobrea a linguagem falada), mas que não há cabimento em
exigir essa expressão (que se trata de uma variação linguística) passe a
compor o sistema normativo da Língua.
De
acordo com o professor, “a fala aceita qualquer manifestação, padrão ou
variante. A escrita, principalmente quando em um contexto formal, já
não funciona da mesma forma”.
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