Quando era o todo poderoso Ministro da Fazenda do Governo Itamar Franco,e principal responsável pela edição da reforma econômica então denominada “Plano Real”,de 1994,que efetivamente deu uma melhorada na economia brasileira,Fernando Henrique Cardoso,até então um esquerdista disfarçado,”inventou” um plano sensacional para garantir à esquerda ficar bom tempo à frente do governo federal.
FHC planejou adotar a “estratégia (ou política) das tesouras”,a partir das filosofias dialéticas de Hegel e Karl Marx,pela qual a esquerda garantiria a vitória em qualquer eleição de que participasse pelo voto popular,desde que concorresse com dois candidatos que conseguissem polarizar a disputa,um da esquerda mais radical,e outro da esquerda mais moderada,mais “branda”,sem “cara” aparente de esquerda.
Como velha “raposa” da política brasileira,FHC pegou Lula da Silva ,do Partido dos Trabalhadores,a maior liderança da esquerda radical ,pelo “cangote” ,e o levou aos Estados Unidos,em 1993,convencendo-o a assinar um acordo político entre o PT,representando o então “Foro San Pablo”,e o “Diálogo Interamericano”,também de caráter esquerdista,e que teve forte influência na eleição de Joe Biden ,nos “States”.representado na ocasião pelo próprio FHC,
Denominaram o tal acordo de “Pacto de Princeton”,que coincide com o nome de uma cidade dos Estados Unidos que tem uma prestigiada universidade,a de “Princeton”, com o mesmo nome da cidade,bem ao gosto “professoral” do tucano.
Pois bem,no embalo do “Plano ReaL”,onde FHC bebeu muito prestígio,evidentemente teria que ser ele o candidato natural do PSDB para as eleições presidenciais que se avizinhavam para o ano seguinte, 1994. FHC ganhou a eleição,como um dos polos do “Pacto de Princeton”.
A partir da primeira eleição de FHC,em 1994,que na eleição seguinte foi reeleito,devido a uma “manobra” que fez junto ao Congresso,que aprovou a emenda constitucional da reeleição,exercendo assim a presidência até 2003,a esquerda se alternou no poder,entre o PSDB (moderados) e o PT (radicais),até a reeleição de Dilma Rousseff,em 2014,impichada que foi em 2016.
Mas após assinado o referido pacto,de alternância das correntes de esquerda no poder,primeiro o PSDB “logrou” o PT,reelegendo FHC; depois foi o PT que “passou a perna” no PSDB,elegendo e reelegendo Lula,depois com Dilma,que também foi reeleita,e exerceu um mandato e meio,só caindo após o seu impeachment,em 2016. Ao todo o PSDB governou 8 anos e o PT 14 anos.
Faltando pouco mais de um ano para as eleições presidenciais de 2022,a “polarização” das prováveis candidaturas ,seja em primeiro,seja em segundo turnos,se concentram hoje no atual Presidente Jair Bolsonaro ,de um lado,e no ex-presidente,ex-condenado, e ex-presidiário ,Lula da Silva,do outro lado.
Mas tudo indica que essa bipolarização poderá mudar em pouco tempo.
O “velho”FHC deve ter algum plano para alterar essa situação,reforçando a chance da esquerda retornar ao poder,após a “interrupção” Bolsonaro,mesmo sem Lula,se for o caso. E tudo leva a crer que o nome escolhido como alternativa da esquerda para reativar na prática o “Pacto de Princeton”, deverá ser o do ex-juiz de direito Sérgio Moro,que não tem jeito, nem “cara” ,nem atitudes,de esquerda,mas que além de levar outras vantagens também é “ficha limpa”,tendo grande chance de vencer tanto Lula,quanto Bolsonaro,num eventual segundo turno das eleições de 2022. Parece que Moro seria efetivamente o melhor “coringa” da esquerda para vencer as eleições presidenciais. Num segundo turno das eleições, sem dúvida a sua rejeição seria bem menor que qualquer um dos outros dois candidatos que têm mais desgastes, por um ou outro motivo.
E o meu convencimento de que esse será efetivamente o grande “golpe” da esquerda para retomar o poder reside exatamente no “sumiço” temporário de Moro como uma das alternativas para ocupar o Palácio do Planalto. À esquerda não interessa o “nome” do futuro presidente ,e sim o “cargo”em si,como já foi de 1994 a 2016.
Mas uma “esquerda”com Moro à frente certamente seria muito menos nociva ao povo brasileiro do que com Lula,ou qualquer dos seus comparsas da esquerda.
Sérgio Alves de Oliveira
Advogado e Sociólogo
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