Por Sérgio Yoshioka e Márcia Ito*
Não é
exagero dizer que, se não fosse a tecnologia, a pandemia de covid-19
seria muito mais impactante para a economia e a sociedade global do que
está sendo atualmente. Não que a quantidade de infectados e de mortes
seja irrelevante, pelo contrário. Mas graças às soluções tecnológicas é
possível adotar o home office, mantendo a produtividade de
diferentes setores econômicos, e diminuir o distanciamento social com
chamadas de vídeos e serviços de entretenimento on demand. A
questão é que essas situações são apenas um lado da moeda. Hoje a
tecnologia é a principal arma que o mundo tem para reduzir, conter e
eliminar o novo coronavírus.
Basta acompanhar o exemplo da Coreia do Sul, um dos países que melhor souberam lidar com o enfrentamento da doença. O governo local adaptou sua estrutura tecnológica e passou a utilizar os dados gerados por diversas soluções, como smartphones, transações de cartões e gravações de câmeras de vigilância, para rastrear e monitorar o deslocamento da população, identificando e testando pessoas que podem ter entrado em contato com possíveis infectados. Dessa forma, o avanço do novo coronavírus em seu território foi bem mais lento e muito menos letal do que em outras localidades.
As empresas que lidam diretamente com a tecnologia precisam tomar a linha de frente nessa batalha pela vida. Mesmo aquelas de setores totalmente diferentes da área de saúde podem, e devem contribuir com expertise e know-how. A boa notícia é que esse fenômeno já está acontecendo. Observa-se uma solidariedade grande entre as organizações e um estímulo maior à criatividade, como várias iniciativas empregando impressoras 3D, amplamente utilizadas na indústria, dedicadas à fabricação de viseiras de proteção e até mesmo de válvulas para bombas de oxigênio, desafogando hospitais.
No exterior, gigantes tecnológicos como AWS, IBM, Microsoft, Intel, entre outros, uniram esforços a fim de disponibilizar servidores para computação de alto desempenho para pesquisas, como o covid-19 High Performance Computing (HPC) Consortium. No Brasil, a Petrobras participa do projeto Folding@home, colocando 60% da capacidade do Santos Dumont, nome do maior supercomputador da América Latina, sediado no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis (RJ), à disposição para pesquisas relacionadas ao combate ao novo coronavírus e a outras doenças. São dois petaflops, que equivalem à capacidade de processamento de dois milhões de laptops.
É um fato que a pandemia intensificou o processo de transformação digital pela necessidade de sobrevivência das empresas. Ao mesmo tempo, permite novas possibilidades e percepções, como o trabalho remoto e a própria capacidade de trabalhar em conjunto com outros setores. É importante ressaltar que a infraestrutura de internet é o alicerce deste novo momento, mas ainda há grande parte do país que não tem acesso adequado tampouco equipamento computacional para isso. O desafio daqui para frente vai ser diminuir essa barreira tecnológica.
Estamos em uma situação atípica, que desafia o poder público e as empresas a manterem a economia ativa ao mesmo tempo que buscam soluções de saúde pública para evitar o avanço da doença. Neste momento, é preciso usar máscaras se for necessário sair do isolamento, respeitar normas sanitárias, de solidariedade e recomendações de saúde bem como promover união de esforços com todos os atores da sociedade. Em algum momento a covid-19 vai ser controlada. Essa terrível doença, que causou aflição e mortes pelo mundo, também traz mudanças permanentes na sociedade, no uso da tecnologia, no comportamento, na economia e, assim esperamos, na valorização da ciência e da vida.
*Prof. Sergio Yoshioka é coordenador de cursos da área Computação e Tecnologia no Centro Universitário Salesiano de São Paulo – UNISAL. Representante Institucional da Sociedade Brasileira da Computação.
*Dra. Marcia Ito é Secretária Regional São Paulo Leste da Sociedade Brasileira de Computação (SBC) e membro do comitê gestor da Comissão Especial de Computação Aplicada a Saúde da SBC. Médica, tecnóloga em processamento de dados, mestre e doutora em engenharia elétrica.
Sobre o UNISAL
O Centro Universitário Salesiano de São Paulo está presente na área educacional desde 1952 e há mais de 20 anos com a marca UNISAL. Conta com Unidades em Americana, Campinas, Lorena, Piracicaba e São Paulo bem como a Unidade Virtual/EAD, oferecendo cursos de graduação, pós-graduação lato sensu e stricto sensu e extensão. Integra as 93 Instituições Universitárias Salesianas (IUS) presentes em 21 países na América, Europa, Ásia, África e Oceania: www.unisal.br.
Informações à imprensa
NB Press Comunicação
Tel.: 55 11 3254 6464 / São Paulo / SP
E-mail: unisal@nbpress.com
Basta acompanhar o exemplo da Coreia do Sul, um dos países que melhor souberam lidar com o enfrentamento da doença. O governo local adaptou sua estrutura tecnológica e passou a utilizar os dados gerados por diversas soluções, como smartphones, transações de cartões e gravações de câmeras de vigilância, para rastrear e monitorar o deslocamento da população, identificando e testando pessoas que podem ter entrado em contato com possíveis infectados. Dessa forma, o avanço do novo coronavírus em seu território foi bem mais lento e muito menos letal do que em outras localidades.
As empresas que lidam diretamente com a tecnologia precisam tomar a linha de frente nessa batalha pela vida. Mesmo aquelas de setores totalmente diferentes da área de saúde podem, e devem contribuir com expertise e know-how. A boa notícia é que esse fenômeno já está acontecendo. Observa-se uma solidariedade grande entre as organizações e um estímulo maior à criatividade, como várias iniciativas empregando impressoras 3D, amplamente utilizadas na indústria, dedicadas à fabricação de viseiras de proteção e até mesmo de válvulas para bombas de oxigênio, desafogando hospitais.
No exterior, gigantes tecnológicos como AWS, IBM, Microsoft, Intel, entre outros, uniram esforços a fim de disponibilizar servidores para computação de alto desempenho para pesquisas, como o covid-19 High Performance Computing (HPC) Consortium. No Brasil, a Petrobras participa do projeto Folding@home, colocando 60% da capacidade do Santos Dumont, nome do maior supercomputador da América Latina, sediado no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis (RJ), à disposição para pesquisas relacionadas ao combate ao novo coronavírus e a outras doenças. São dois petaflops, que equivalem à capacidade de processamento de dois milhões de laptops.
É um fato que a pandemia intensificou o processo de transformação digital pela necessidade de sobrevivência das empresas. Ao mesmo tempo, permite novas possibilidades e percepções, como o trabalho remoto e a própria capacidade de trabalhar em conjunto com outros setores. É importante ressaltar que a infraestrutura de internet é o alicerce deste novo momento, mas ainda há grande parte do país que não tem acesso adequado tampouco equipamento computacional para isso. O desafio daqui para frente vai ser diminuir essa barreira tecnológica.
Estamos em uma situação atípica, que desafia o poder público e as empresas a manterem a economia ativa ao mesmo tempo que buscam soluções de saúde pública para evitar o avanço da doença. Neste momento, é preciso usar máscaras se for necessário sair do isolamento, respeitar normas sanitárias, de solidariedade e recomendações de saúde bem como promover união de esforços com todos os atores da sociedade. Em algum momento a covid-19 vai ser controlada. Essa terrível doença, que causou aflição e mortes pelo mundo, também traz mudanças permanentes na sociedade, no uso da tecnologia, no comportamento, na economia e, assim esperamos, na valorização da ciência e da vida.
*Prof. Sergio Yoshioka é coordenador de cursos da área Computação e Tecnologia no Centro Universitário Salesiano de São Paulo – UNISAL. Representante Institucional da Sociedade Brasileira da Computação.
*Dra. Marcia Ito é Secretária Regional São Paulo Leste da Sociedade Brasileira de Computação (SBC) e membro do comitê gestor da Comissão Especial de Computação Aplicada a Saúde da SBC. Médica, tecnóloga em processamento de dados, mestre e doutora em engenharia elétrica.
Sobre o UNISAL
O Centro Universitário Salesiano de São Paulo está presente na área educacional desde 1952 e há mais de 20 anos com a marca UNISAL. Conta com Unidades em Americana, Campinas, Lorena, Piracicaba e São Paulo bem como a Unidade Virtual/EAD, oferecendo cursos de graduação, pós-graduação lato sensu e stricto sensu e extensão. Integra as 93 Instituições Universitárias Salesianas (IUS) presentes em 21 países na América, Europa, Ásia, África e Oceania: www.unisal.br.
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Tel.: 55 11 3254 6464 / São Paulo / SP
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Prof. Anderson Barbosa, Diretor operacional da Unidade Campinas, Dra. Márcia Ito e Prof. Sergio Yoshioka. baixar em alta resolução |
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