JORNAL A REGIÃO
Deputado denunciou a farsa da duplicação
no ano passado durante dircurso no plenário da Assembleia Legislativa da
Bahia. Em março de 2019, quando Rui Costa anunciou, mais uma vez, o
“início iminente da obra”, o deputado Pedro Tavares (DEM) questionou.
“Por três vezes o Governo autorizou a ordem de serviço, mas até hoje não
há sinal da obra”.
Para Tavares, a duplicação da BR-415 virou uma novela e o mais novo
capítulo foi a publicação de um resultado de licitação referente ao
estudo para a obra. “Lembramos que em 2017 fizeram um ato de assinatura
da ordem de serviço, em clima de grande festa, com show de banda e tudo
mais".
“Aquilo gerou uma enorme expectativa na população e agora publicam o
edital do estudo. Será que esse estudo não era pra ser apresentado antes
da ordem de serviço? A população imaginava que, depois daquela ordem de
serviço, a obra já começaria, fato que não ocorreu”.
O governador Rui Costa em 2018 anunciou que o estudo e projeto da obra
estava no TCU, que o retia “mesmo com a redução no valor da obra”.
Depois de desmentido pelo Jornal A Região, admitiu, meses depois, que só
então estava enviando o documento ao TCU.
Culpa “dos outros”
A partir daí, o governador passou a culpar o TCU pela demora durante
toda a campanha eleitoral daquele ano. No ano passado, anunciou a
empresa que venceu a licitação para fazer o o estudo que, supostamente,
já estava no TCU para aprovação desde 2018.
O projeto enviado ao TCU tinha indícios sérios de manobra para
superfaturamento. Um exemplo era o uso de betoneiras individuais numa
obra de grande porte que exige usina de concreto. A suspeita era de
aprovação das betoneiras, muito mais caras, para depois adotar a usina.
A diferença entre os dois valores seria embolsada por alguém. O mesmo
acontecia com o uso previsto de estacas de madeira, impensável para uma
obra como esta, que precisa usar suportes de metal, reutilizáveis ao
longo do tempo.
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