Na quinta-feira (30), uma pequena loja na região de Venda Nova vendeu as 16 unidades da máscara N95 PFF2, da marca Descarpack, um produto mais reforçado, muito usado na proteção contra a tuberculose. "Recebi a ligação de um rapaz na Bahia que queria 50 caixas, que vem 400 unidades em cada uma, ou seja, o equivalente a 20 mil unidades. Liguei para vários distribuidores em São Paulo e ninguém tinha mais. Só um deles vendeu 50 mil caixas, conta a encarregada de compras M.G.L., que preferiu não se identificar.
"Achei intrigante. Não estamos conseguindo comprar. Hoje, vou tentar fazer a aquisição do produto diretamente na fábrica, no Rio Grande Sul, mas acho que não vou conseguir adquirir nada", afirma.
A Cirúrgia Gervásio, na região hospitalar de Belo Horizonte, vendeu ontem todo o estoque de 200 unidades. "A procura tem sido muito grande, principalmente de pessoas que vão viajar. Tanto é que nem nos fabricantes está tendo mais o produto", conta a vendedora Renata Cristina.
Na Cirúrgica Carmo, também na região hospitar, desde segunda-feira a máscara N95 desapareceu no estoque. "De cada 15 clientes que entram na loja, dez estão procurando a máscara. Conseguimos encomendar para a semana que vem, mas o preço, que era R$ 4 a unidade, já saltou para R$ 8. Nos concorrentes, tive informações que já estão vendendo até por R$ 15,90", conta o vendedor Rodrigo Garofalo Menezes.
Os Estados Unidos confirmaram ontem o primeiro caso de contiminação interna. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) informou que trata-se de uma pessoa que conviveu com uma mulher de Chicago, que havia viajado para Wuhan, província de Hubei, na China.
Também nessa quinta-feira, a Organização mundial de Saúde (OMS) considerou a epidemia originada em Wuhan como emergência de saúde pública internacional.
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