MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 1 de fevereiro de 2020

Algumas reflexões sobre a sanha privatizante de Guedes e o nacionalismo de Bolsonaro


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Charge do Nani (Inanihumor.com)
Milton Vieira de Souza Lima
Ante a ânsia privatizante deste governo, que vem sendo levado a cabo pelo ministro Paulo Guedes, cabe perguntar: o presidente Bolsonaro seria mesmo patriota? Privatizar tudo é o que Guedes propõe ao atual governo. Acredite se quiser, mas o ministro é a favor de que se privatize também a Petrobrás, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, sem sequer fazer ressalva quanto à desnacionalização.
Tem sido tolhido pelo presidente Bolsonaro, que tirou o BB e a Caixa da lista, mas os ativos da Petrobras continuam disponíveis às multinacionais.
ECONOMIA DE CEMITÉRIO – É como o saudoso Dr. Enéas Carneiro (um autêntico patriota brasileiro), citando o professor de Economia Adriano Benayon (outro autêntico patriota brasileiro), costumava chamar o projeto de privatização das riquezas nacionais em nome de uma suposta estabilização da economia.
Paulo Guedes colocou na Petrobrás um presidente, Roberto Castello Branco, que disse que na Petrobrás não há ativos inegociáveis. Estão promovendo lá o desmonte. As nossas refinarias já estão em vias de passar para os estrangeiros.
Empresas de áreas não-estratégicas podem e, em muitos casos, até devem ser privatizadas, desde que sem desnacionalização.
RECEITA ÚNICA – Economicamente, Paulo Guedes acredita que uma privatização radical seria a única receita para reduzir a dívida pública, que passa de R$ 4,24 trilhões. Sim, isso mesmo: sem auditoria da dívida, sem crítica dos juros e amortização da dívida, ignorando todos os esquemas fraudulentos envolvendo o sistema financeiro nacional. Apenas privatizar, entregar tudo para o capital estrangeiro, e a dívida continuará crescendo.
E nem precisamos dizer que essa receita neoliberal está na contramão de todo e qualquer interesse nacional (seja nacionalismo mais à direita ou mais à esquerda).
INTERESSE NACIONAL – Um nacionalismo verdadeiro se fundamenta na defesa da empresa nacional, no fortalecimento do Estado e numa política ampla e consistente de desenvolvimento pautada na Indústria. Quem defende a venda massiva das empresas nacionais para os estrangeiros pode ser qualquer coisa: menos nacionalista, menos patriota, ainda que afirme ser, como Bolsonaro costuma fazer.
Quando falamos de nacionalismo é no sentido da defesa do que é nosso para o bem de nosso povo em primeiríssimo plano, não permitindo que sejamos explorados / dominados economicamente.
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ALGUMAS SUGESTÕES DE LEITURA SOBRE PRIVATIZAÇÕES:

1) Livro:”A verdade sobre as estatais” – Autor: Paulo Gomes – Editora: Brasília Jurídica.
2) Livro: “Japão: o capital se faz em casa” – Autor: Barbosa Lima Sobrinho – livro este que pode ser adquirido pelo site Estante Virtual;
3) Entrevista especial com Adriano Benayon (A desnacionalização da economia brasileira)
Vê-se lá um errinho de digitação – na pergunta: “Pode-se dizer que a desnacionalização tem contribuído para acentuar o processo de desindustrialização?”.  Adriano Benayon RESPONDE – “Sem a menor dúvida. A desnacionalização levou à industrialização”. Mas o certo é: “…levou à desindustrialização”.
4) Artigo do Almirante Roberto Gama e Silva: 3.1 – “Desnacionalizando o Brasil”  
5) Aepet demonstra como foi criminosa a venda dos gasodutos da Petrobras 

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