Juiz preso tinha Rolex, BMW, Porsche e mansão
milionária segundo o relatório do ministro relator do caso no Superior
Tribunal de Justiça, Og Fernandes, na decisão que autorizou a prisão de
Maria do Socorro Barreto Santiago, doTJ-BA, e do juiz Sérgio Humberto de
Quadros Sampaio (foto), da 5ª Vara de Substituições de Salvador.
O ministro apontou a existência de “fortes indícios” contra o grupo. A
desembargadora Maria do Socorro foi presa dia 29 sob a suspeita de
destruição de provas e descumprimento da ordem de não manter contato com
funcionários. O juiz Sérgio Humberto foi preso pela PF dia 23 de
novembro.
Segundo Fernandes, Sérgio Humberto mantinha uma vida de luxo, em uma
residência avaliada em R$ 4,5 milhões e aluguel mensal de R$ 10 mil,
fora a taxa condominial. Foram apreendidos com o juiz quatro carros de
luxo, entre os quais um Porsche e uma BMW, além de três relógios Rolex e
joias.
Segundo Og Fernandes, esse patrimônio ultrapassa o patamar financeiro
normal de servidor público. O mesmo se aplica à desembargadora Maria do
Socorro, que movimentou mais de R$ 13 milhões em três anos.
Prisões confirmadas
A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) referendou, na
quarta, a prisão dos magistrados do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA)
acusados de um esquema de venda de sentenças para grilagem de terras no
Oeste do estado. A prisão não tem mais prazo definido.
A Corte Especial, formada pelos 15 ministros mais antigos do STJ,
confirmou a legalidade das prisões preventivas da desembargadora e do
juiz. Também referendou o afastamento de dois juízes e quatro
desembargadores.
A operação investiga um esquema de venda de sentenças para grilagem de
360 mil hectares de terra no Oeste baiano, chegando a R$ 581 milhões.
Ainda estão afastados os desembargadores José Olegário Monção e Maria da
Graça Osório, e a juíza Marivalda Moutinho.
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