Araújo diz que momento é de analisar para depois negociar com EUA
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou hoje (2) que o governo quer entender melhor a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retomar a cobrança de tarifas sobre aço e alumínio brasileiros. Segundo o ministro, “é preciso agir com "calma".
"É
um setor que, desde o ano passado, já preocupava os americanos, então
vamos, como eu digo, tentar entender e depois ver como é que a gente vai
conversar com os Estados Unidos. Com muita calma, vamos chegar a um
entendimento sobre isso", afirmou a jornalistas, no Palácio do Planalto,
após participar de um cerimônia que também contou com a presença do
presidente Jair Bolsonaro e do ministro Paulo Guedes (Economia).
Apesar
do anúncio de Trump, o governo dos EUA ainda não formalizou nenhuma
mudança específica nas atuais regras tarifárias para a importação de aço
e alumínio vendidos pelo Brasil. Durante a tarde, o presidente Jair Bolsonaro se
reuniu com Paulo Guedes, no Palácio do Planalto, para tratar do
assunto, mas não falaram com a imprensa após o encontro. Pela manhã,
Bolsonaro disse que poderia fazer uso de canal aberto que tem com Trump para evitar a imposição de tarifas anunciada.
Perguntado
por jornalistas se Bolsonaro ligará para o presidente dos EUA de forma
imediata, o chanceler brasileiro disse que não, ao menos "por enquanto".
Ernesto Araújo disse também que o momento é de avaliar a questão no
"nível técnico", para entender que tipo de medida será eventualmente
adotada.
"Nós
estamos no nível técnico, nesse nível de entender as medidas", disse. O
ministro afirmou ainda que a medida não o preocupa. "Essa medida não
nos preocupa e não nos tira desse trilho rumo à uma relação mais
profunda".
No
final de agosto deste ano, o governo dos Estados Unidos flexibilizou as
importações destes produtos, quando decidiu que companhias
norte-americanas que negociarem aço do Brasil não precisariam pagar 25% a
mais sobre o preço original, desde que provem que há ausência de
matéria-prima no mercado interno. O Brasil está entre os principais
fornecedores de aço e ferro para os Estados Unidos.
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