Representantes das maiores companhias do setor entregaram ontem documento para Aneel apontando os benefícios sociais do modelo, especialmente no fomento à democratização do acesso à energia limpa por consumidores da base da pirâmide
- Empresas solicitaram avaliação específica da geração compartilhada, segregada do autoconsumo remoto
- Que exista período de carência antes de mudar a norma para permitir a evolução do mercado, que ainda representa menos de 2% da geração distribuída no país
- Que caso a ANEEL opte por alterar a regra, que a alteração seja gradual, sem movimentos bruscos.
Na modalidade de geração compartilhada, consumidores se reúnem em cooperativa, consórcio ou condomínio para viabilizar conjuntamente uma usina de geração limpa e receber créditos da energia produzida em suas contas. Assim, não há necessidade de instalações nas próprias unidades consumidoras, permitindo que mais pessoas e empresas possam contribuir com investimentos na segurança energética e na redução de emissões de gases de efeito estufa, ainda que não disponham de infraestrutura física em seus estabelecimentos, como telhados próprios aptos a receber painéis solares. “Atualmente já temos entre nossos clientes muitas famílias que moram em imóveis pequenos, alugados ou sem condições técnicas de ter painéis solares, como é o caso da maioria dos prédios de apartamentos, portanto há uma democratização do acesso à energia solar”, relata Guilherme Susteras, sócio-diretor da Sun Mobi.
Nas avalições atuais, a ANEEL não diferenciou a geração compartilhada do modelo de Autoconsumo Remoto, que é utilizado por grandes grupos econômicos. O diretor de novos negócios da Órigo Energia, Rodolfo Molinari, fala sobre o movimento e o pedido de análise separada. “Pedimos que as modalidades sejam avaliadas de forma individualizada, considerando que hoje a geração compartilhada representa menos de 2% de toda a capacidade instalada de geração distribuída, mas, ao mesmo tempo, é o principal veículo de democratização da energia para pequenos consumidores, e fomenta de forma relevante impactos sociais e ambientais nas comunidades”, diz Molinari.
O presidente da Illuminatus Energia, Vandislau Belluzzo, reforça a necessidade de considerar a segregação dessa modalidade: “Além de não ter se desenvolvido como as demais modalidades, a Geração Compartilhada surgiu apenas em 2016, quatro anos mais tarde do que as demais modalidades de geração distribuída”, diz.
O CEO da Cemig Sim, Danilo Gusmão, reforçou que a sugestão de separação é uma medida administrativa simples, que requer pouca alteração regulatória, e que oferece um resultado extremamente relevante para catalisar o modelo de Geração Compartilhada no Brasil. “Para Minas Gerais, este modelo foi essencial para desenvolver regiões remotas e áridas como o norte de minas e o vale do Jequitinhonha, que antes sofriam com o Sol, e agora podem aproveitar o mesmo para fomentar o desenvolvimento regional”, diz.
O diretor da Mori Energia, Hugo Zanocchi, parabenizou a ANEEL pela incorporação do modelo de condomínio civil. “Como estamos tratando de consumidores simples, são necessários modelos de união de clientes que facilitem o entendimento da população de forma ampla”, reforça o executivo. Hugo também ponderou a importância de uma avaliação segregada. “Do pleno entendimento destes conceitos de democratização, dependeremos da evolução do segmento, e precisamos garantir que estamos ponderando, da forma correta, as comparações entre os modelos de geração”.
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