A abertura de vagas na Brigada Militar do Rio Grande do Sul
para assimilar gente sem o mínimo preparo psicológico,covarde, mal-educada,truculenta e completamente despreparada para a função policial-militar, tem provocado absurdos tão grandes que nem na época mais
“dura” da repressão militar se viu algo parecido.
Mas a grande diferença entre a repressão dos “anos de
chumbo”,no Regime Militar (1964 a 1985),e a “democracia” ,que teórica e
supostamente (será?) teria sido (re)implantada a partir de 1985,reside
em que nos “anos de chumbo”a repressão era dirigida única e exclusivamente
contra grupos que não se conformavam com a “virada” de 31
de março de 1964,usando todos os meios e
recursos violentos ,inclusive armas de fogo e explosivos, para afastarem os novos governantes e retomar o poder
perdido, dentre os quais se destacavam
os delinquentes políticos ou
ideológicos chamados “subversivos” e “terroristas”que,incrivelmente, mais tarde, passaram a receber indenizações
milionárias, em função da tal “lei de
anistia”, que continua ainda hoje a
render “milhões” para esse tipo de gente , numa espécie de “teta-sem-fim”. E após transcorridos 50 anos dos acontecimentos !!!
Mas enquanto os terroristas, como a ex-Presidente Dilma Rousseff, e subversivos ,
efetivamente eram combatidos e caçados pelo aparelho repressivo do Regime
Militar,, nenhuma violência militar ,ou policial , foi usada
contra as pessoas comuns, contra a sociedade civil organizada,que
conseguiu viver em paz durante todo esse
período..
Durante o Regime Militar, ou “Ditadura”, como preferirem,
não só as pessoas “comuns” eram respeitadas
pelos militares e policiais ,como também a sociedade vivia no mais absoluto
regime de segurança pública, sem temor de assaltos,furtos,roubos e agressões variadas, a qualquer hora ,do dia ou da noite, e em todo lugar.As pessoas podiam
passear, ir ao cinema,ao futebol, ao teatro,fazerpiquenique,pescar,enfim,ir a e
ficar em qualquer lugar,com plena segurança.
Mas após os militares devolverem o poder aos políticos civis,
a “coisa” mudou radicalmente . O índice de criminalidade progressivamente foi subindo às
alturas. Ninguém mais passou a ter tranquilidade e paz para viver, não só nas ruas,como também dentro das suas
próprias casas.
As pessoas passaram a viver reclusas,“enjauladas”,dentrode
uma espécie de prisão invertida, dentro das suas casas ou apartamentos,
colocando toda espécie de obstáculos,travas,chaves,,grades,alarmes,vidrosquebrados,não
para impedir que alguém saísse para fora
das suas moradias,como é nas cadeias, porém para que os criminosos não conseguissem “entrar”.
Desse modo,se
olharmos hoje o Brasil “lá de cima”,como o bom programada exibido pela Globo News, sairá nessa “fotografia” um
país que será confundido com uma gigantesca penitenciária invertida. Essa foi a
prisão onde a sociedade civil teve que
passar a viver,após 1985. As pessoas do
bem ficaram “presas”. Os bandidos “soltos”.
Não bastasse,porém, a
insegurança pública quase absoluta hoje vivida pela sociedade civil, agora também
se verificam muitos “excessos” policiais-militares,que antes não
se verificavam,por parte de integrantes da própria Policia Militar da Brigada do Rio Grande do
Sul,por exemplo, certamente dentre outras.
Durante os festejos de fim de ano tivemos que assistir
episódios absolutamente lamentáveis e inadmissíveis de Policiais Militares da
Brigada Militar do RS que ,provalecidamente, chegavam a “despejar” famílias inteiras dos seus carros,não
importando as idades e o estado de saúde dos seus ocupantes,se crianças ou velhos, deixando-as
ao relento em plena rodovia, sempre com um “guincho” de prontidão, ”à espera”, evidenciando por trás
um baita “esquemão” ,envolvendo a Brigada Militar,o DETRAN ,e os seus
“depósitos” (caríssimos) , inclusive motivadas por pequenas irregularidades documentais , fáceis
de acontecer na verdadeira “parafernália” que se tornou a cobrança dos impostos
e taxas obrigatórias dos veículos automotores, e que teriam mil e uma outras maneiras de serem
contornadas ,sem o “sequestro” dos carros e a violência contra os seus
ocupantes.
Passei por essa maldita experiência em duas ocasiões ,a
primeira no final do ano de 2018,junto com a minha mulher,logo após eu ter
alta de longa hospitalização, por causa do atraso da “porcaria do
seguro”, que jamais me enviaram
para pagar, e que eu nem sabia que estava atrasado,quando me expulsaram do
carro ,com minha mulher, e o guincharam ,deixando-nos em plena
rodovia,distantes da “civilização”,sem terem esse “idiotas” a mínima noção do
perigo que isso nos representaria
Na segunda ocasião, lá pela metade de 2019,também uma
blitz de estrada me parou ,no mesmo
lugar (na cidade de Osório), e mesmo que
não tivesse havido nenhuma irregularidade,seja
de infração às regras de circulação, seja com a minha ou a documentação
do carro,o “cara”- nem digo “animal”, porque isso seria ofender
injustificadamente os animais- me encheu de desaforos, por nada, na frente da
minha mulher, invocando a sua “autoridade”. E perto desse” cara” tinha um
colega seu com fuzil em punhos me olhando e mostrando a sua força. Cheguei até
a confundi-lo na ocasião com um dos
personagens capangas do ditador da
Coreia do Norte, “Kim Jong-um”, que figuram no programa “A Praça é Nossa”,do
SBT.
Denunciei esses
episódios nos jornais,e mesmo na OAB/RS, mesmo sabendo que não daria em nada, como efetivamente não
deu em nada, como mostram a repetição
desses acontecimentos ,com outras pessoas, nesse final de ano de 2019.
Sérgio Alves de Oliveira
Advogado e Sociólogo
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