Foto: Ernesto Rodrigues/Estadão

O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez
O Ministério da Educação (MEC) mandou às escolas nesta
terça-feira uma nova versão da carta enviada ontem, que causou polêmica
ao pedir que diretores lessem o slogan de campanha de Jair Bolsonaro. Na
carta anexa do novo e-mail, foi retirado o slogan “Brasil acima de
tudo. Deus acima de todos”. O texto também foi levemente modificado. Em
vez de “vamos saudar o Brasil dos novos tempos”, diz agora somente
“vamos saudar o Brasil”. O corpo do e-mail também foi mudado, mas
continua requisitando que a escolas filmem seus alunos durante a leitura
da carta e a execução do hino. A palavra “voluntariamente” foi
adicionada. E ainda que “a gravação deve ser precedida de autorização
legal da pessoa filmada ou de seu responsável”. Em nota em seu site, o
MEC afirma que depois do recebimento das gravações “será feita uma
seleção das imagens com trechos da leitura da carta e da execução do
Hino Nacional para eventual uso institucional”. Segundo o governo, a
atividade faz parte da política de incentivo à valorização dos símbolos
nacionais. O MEC assume o erro no novo comunicado. Diz que o ministro
Ricardo Vélez Rodríguez reconheceu “o equívoco da utilização do trecho
também utilizado durante período eleitoral”. Em entrevista hoje a
jornalistas depois de audiência no Senado, o ministro já havia dito que
percebeu o erro. Foi mantido ainda o pedido de que os alunos sejam
perfilados diante da bandeira do Brasil, durante a execução do hino. O
comunicado foi revelado ontem pelo Estado.
Estadão
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