Se você me perguntasse há seis meses se eu compraria uma Spin, diria categoricamente: não. Além de feio e pouco cativante, o monovolume da Chevrolet ainda deixava a desejar em acabamento e conteúdo. No entanto, se a pergunta fosse feita hoje, poderia hesitar em responder, principalmente se fosse um consumidor com família numerosa. Pois não há nenhuma opção de sete lugares abaixo dos R$ 85 mil.
A Spin segue sozinha no segmento de monovolumes. O modelo mais próximo dela é o Honda Fit, mas é bem menor que o Chevrolet. Acima estão opções bem mais caras como Kia Grand Carnival, oferecida por nababescos R$ 275 mil.
O carro
Testamos a versão aventureira Activ 7, que chegou renovada no meio do ano, junto com a opção citadina. O monovolume passou por uma plástica nas seções frontal e traseira que suavizou o design grotesco, com faróis e grade semelhantes ao do sedã Cobalt (que também melhorou consideravelmente depois da plástica).
A versão se posiciona no topo da linha e conta com um pacote interessante de conteúdos, como transmissão automática de sete marchas, sistema MyLink e serviço de assistência remota OnStar. Mas o diferencial está na terceira fileira de bancos.
Como já foi dito, é a opção mais em conta para quem precisa de bancos extras (R$ 85.790). Outros modelos que permitem maior lotação são utilitários-esportivos como VW Tiguan, Peugeot 5008 e Honda CR-V, com valores que partem dos R$ 150 mil.
Claro que a Spin Activ 7 não se compara a nenhum dos exemplos acima, nos quesitos estilo, acabamento, eficiência e sofisticação. Mas é preciso reconhecer que ela entrega conforto satisfatório para aquele consumidor que não é exigente e, principalmente, que não pode dispor de tanto dinheiro para levar a patota toda para passear.