Na hora do aperto, as contas de energia e água estão sendo deixadas de
lado entre os brasileiros. Segundo dados do SPC Brasil, o calote nesses
débitos subiu 7,6% nos 12 meses encerrados em julho. No mesmo período,
as dívidas bancárias – como cheque especial, empréstimos pessoais e
cartão de crédito – subiram 6,9%.
A decisão sobre qual conta atrasar, segundo o SPC e a Serasa Brasil,
está ligada ao fato de que os juros, nas contas de água e luz, serem bem
mais baixos do que os cobrados em débitos ligados a instituições
financeiras. Além dos juros mais baixos, o reajuste das contas básicas
superou – e muito – a inflação.
Enquanto o IPCA, principal índice de inflação, subiu 4,48% nos 12 meses
acumulados até julho, a inflação da energia elétrica medida pelo IBGE
subiu 18,02%. Desta forma, o Brasil formou uma legião de “equilibristas”
de contas, de acordo com a economista-chefe do SPC, Marcela Kawauti “O
jeito é manter algumas contas em dia, enquanto o orçamento está
apertado.”
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