MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Ao se tornar candidato oficial do MDB, Meirelles ironiza seus adversários


Henrique Meirelles foi oficializado nesta quinta-feira como candidato do MDB ao Palácio do Planalto (Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo )
Foto de Fátima Meira pegou um estranho Meirelles
Guilherme Mazui e João Cláudio Netto
 G1 e TV Globo

O MDB aprovou nesta quinta-feira (2) a candidatura de Henrique Meirelles à Presidência da República. O partido confirmou o nome do ex-ministro da Fazenda na corrida ao Palácio do Planalto durante convenção nacional, em Brasília. O resultado da votação foi anunciado pelo presidente do MDB, senador Romero Jucá (RR). Segundo ele, a candidatura de Meirelles recebeu 357 votos dentre 419 votantes – 85% do total. Houve 56 votos contrários e seis brancos.
Em discurso durante a convenção, Meirelles disse que seu objetivo é resgatar o espírito de confiança do país e alfinetou, sem citar nomes, os concorrentes na disputa ao Planalto.
“MESSIAS” – “O Brasil precisa de um messias, que veste-se com uniforme de salvador da pátria? Não. Nem de um líder destemperado, tratando o país como se fosse seu latifúndio. E nem eternos candidatos a presidente. […] Essas ofertas que os eleitores têm hoje só aumentam a desconfiança no Brasil e nas instituições”, concluiu.
O encontro que oficializou a candidatura de Meirelles reuniu lideranças tradicionais do MDB, entre as quais, o presidente Michel Temer e o ex-presidente José Sarney.
O MDB confirmou Meirelles sem definir o nome do vice na chapa. Segundo Romero Jucá, a escolha será tomada até segunda-feira (6) por uma comissão da sigla. Ele é um dos integrantes do grupo. O resultado da convenção também autorizou a executiva nacional do MDB a definir coligações com outros partidos.
CANDIDATO PRÓPRIO – A candidatura de Meirelles é a primeira do MDB desde 1994, quando o ex-governador de São Paulo, Orestes Quércia, disputou sem sucesso a corrida presidencial. Meirelles vai concorrer à Presidência pela primeira vez. Ele se filou ao MDB em abril para disputar a sucessão de Temer, que cogitou tentar a reeleição, mas desistiu. Meirelles era filiado ao PSD quando trocou de partido.
Em discurso no evento do partido, o presidente Michel Temer criticou candidatos que “não têm projeto” e “vão para a baixaria”. Segundo Temer, o MDB não é um “pigmeu político”; é “feito de gigantes”.
FALA TEMER – “Eu vejo, meus amigos, os candidatos, nem quero mencionar, pobres coitados, que na verdade como não têm projeto, então, me permitam a expressão, vão para ‘baixaria’. Provocações. Pobre coitado. Pigmeu político. Nós não somos pigmeus. E o MDB é feito de gigantes, e o gigante que vai nos conduzir é o Meirelles”, disse o presidente.
Temer disse, ainda, que Henrique Meirelles tem o projeto de levar adiante “grandes reformas” que o governo dele começou.
“Olha aqui, Meirelles. Se em dois anos de governo nós conseguimos realizar tudo aquilo que o vídeo mostrou, e tendo você à frente da economia, portanto você foi a figura principal do governo. Se em dois anos nós conseguimos fazer, imaginem, meus amigos do MDB, o que o Meirelles fará em 4 anos, talvez em 8 anos. Fará uma coisa extraordinária”, disse.
“À DISPOSIÇÃO” – Michel Temer falou, ainda, sobre o papel MDB na história do país. “O MDB sempre esteve à disposição do país. Quando nós precisamos recuperar a democracia, quando precisamos constituir um novo estado, quem é que esteve à frente dos acontecimentos? Foi o MDB”, afirmou.
Já Meirelles, entre as propostas que apresentou durante o discurso, manifestou intenção de estabelecer “agenda de reformas” que permita ao país produzir “mais e melhor”. Defendeu a criação do “cartão da família” para complementar o Bolsa Família.
Propôs também um programa de infraestrutura chamado “Brasil Integrado” para reduzir distâncias e melhorar o transporte no país, depois o Programa “Pró-Infância”, para destinar vagas em creches particulares para famílias que recebem o Bolsa Família, e o Programa “Brasil Seguro e Forte” na área de segurança pública, com “cooperação intensiva de inteligência” com os estados.

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