Por Aparecido Silva | Fotos: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados
"Sou um homem de fé. O que tinha de fazer, da minha parte, eu já fiz. Já tiveram umas quatro ou cinco comissões anteriores à nossa e não conseguiram nem aprovar um relatório. Nós aprovamos um relatório e estamos esperando que a classe política tome juízo e demonstre à sociedade que nós temos pelo menos a capacidade de aprovar uma reforma política", afirmou o peemedebista em entrevista ao BNews. "Como todo homem de fé acredita em milagre, eu vou esperar até o prazo se esgotar. Se não votar nada, não vai ter mais prazo. Então, vou esperar o milagre", disse.
Para o parlamentar, na hipótese de não conseguir aprovar as mudanças, a exemplo da criação do fundo de financiamento das campanhas, o debate durante as disputas será prejudicado. "Eu aprendi na vida, por ser um religioso, que Deus dá o cobertor conforme o frio. Vamos fazer a política com o cobertor que tiver. Se não tiver dinheiro nenhum, vai ter que ter campanha. Não acho bom porque quando você tem recursos para a campanha, você está divulgando, está fazendo debate, facilita ao eleitor ter a informação para sua escolha. Mas se é isso que a mídia diz que a sociedade quer, então vamos fazer o que muita gente diz que tem que fazer: a política da sola de sapato e saliva. Agora, sola de sapato e saliva na Bahia, que é um estado do tamanho da França... depois não venham dizer que está faltando debate nas eleições, que não ouviu os candidatos, que não discutiu propostas", apontou o peemedebista.
"Eu acho que a democracia tem que ter algum tipo de financiamento, mas tudo que aparece é bombardeado. Tudo que se propõe, só se destaca os pontos negativos. Aí, não há reforma política que ande. Do jeito que vai, não tem eleição, vem a ditadura, que com certeza vai ser muito pior para o povo", previu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário