O mal que o
lulopetismo fez ao país ainda vai pesar no bolso, nos empregos e na
economia brasileira por muito tempo. Lula e Dilma serão inesquecíveis na
história brasileira. Artigo de Marcel Balassiano, publicado no Instituto Liberal:
Recentemente
o FMI divulgou seu relatório semestral do panorama da economia mundial
(World Economic Outlook) bem como as suas projeções para algumas
variáveis econômicas até 2022. Segundo o instituto, o PIB mundial deve
crescer esse ano 3,5%, em termos reais, sendo que os países avançados
devem se expandir 2,0%, enquanto que os emergentes, 6,5%. Da amostra
total de 192 países, 20% são economias avançadas e 80% emergentes.
O Fundo
projeta um crescimento esse ano para o Brasil de 0,17%, taxa menor do
que a mediana das expectativas do mercado do boletim Focus (0,43%). Para
2018, a projeção do FMI está em 1,75% contra 2,50% da Focus.
A
recessão brasileira, com duas quedas reais de PIB em 2015 e 2016 (média
de -3,7% ao ano), sendo o pior biênio de crescimento econômico em mais
de 100 anos, foi reflexo, em grande parte, de erros de política
econômica que os governos petistas implementaram nos anos passados, com
as medidas da “Nova Matriz Econômica”.
Entre os
países da América Latina, o Brasil só ficou pior do que a Venezuela
nesses dois últimos anos (-3,7% de crescimento médio real a.a. do PIB
para o Brasil contra -12,3% a.a. para a Venezuela). E, além desses dois
países, o Equador também apresentou crescimento negativo nesse biênio
(-1,0% a.a.), enquanto que a Argentina ficou estagnada (+0,1% a.a.).
E, mais
uma evidência da dimensão da grave crise brasileira, que é muito mais
doméstica do que internacional, pode ser observada na Tabela 1:
De um
total de 191 países que o FMI apresenta os dados de crescimento real do
PIB para 2015 e 2016 (para a Síria não há dados, por motivos óbvios), o
Brasil ficou em décimo lugar ao se analisar as piores médias do biênio
2015-2016. Vale frisar que o Brasil é muito mais relevante, em termos
econômicos, do que os demais países desse “ranking”. O PIB do Brasil (em
dólares) é mais de três vezes a soma do PIB (também em dólares) de
todos esses outros nove países da lista. Enquanto que o PIB brasileiro
correspondeu a 2,4% do PIB mundial em 2016, esses nove países juntos
corresponderam a 0,7% do PIB do mundo. Nesse biênio, o mundo cresceu, em
termos reais, 3,2% a.a., sendo que os países emergentes avançaram 6,6%
a.a., e as economias avançadas, 1,9% a.a.. Ou seja, questões internas
devem ter predominado na recessão brasileira. Sinal de que os erros
cometidos no passado foram muitos!
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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