MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 29 de abril de 2017

Teste: Motor ‘japonês’ fez bem ao Sandero


No fim do ano passado a Renault atualizou a gama de motores da dupla Logan e Sandero e aposentou os antigos 1.0 Hi-Flex e 1.6 Hi-Torque, que apesar de oferecem bom desempenho e eficiência já estava ultrapassados. Estrategicamente, para a Aliança Renault-Nissan não era racional oferecer quatro motores para fazer o papel de dois. Daí, os franceses tomaram emprestado as unidades 1.0 três cilindros e 1.6 16v dos japoneses, que fez muito bem à dupla franco-romena.
Testamos o Sandero com a nova unidade 1.6 16v SCe, que oferta 115 cv contra 106 cv da antiga unidade – apenas oito válvulas. Além de oferecer mais fôlego que o anterior, a unidade também oferta muito torque em baixa rotação. Segundo a Renault, 90% dos 16 mkgf estão disponíveis a 2.000 rpm.
Realmente o motor impressiona. O Sandero ficou esperto, e quando se eleva a velocidade ele não fraqueja, como o antigo 1.6 8v. E o melhor: ganhou desempenho sem afetar a eficiência. A unidade testada estava abastecida com gasolina e a média de consumo foi de 12,9 km/l no trajeto misto, combinando trechos urbanos e rodoviários.

Caixa forte
Junto com o motor, o Sandero ganhou nova transmissão, com relação mais longa nas marchas finais, o que também beneficia a eficiência em velocidade de cruzeiro. Para se ter uma ideia, a 110 km/h, o motor trabalha numa rotação de 2.500 giros, enquanto a caixa anterior atuava em torno dos 3.300 rpm. Ela também ficou mais firme, sem aquela sensação de “bambeza” da antecessora.
Mas ainda longe de ser uma referência como as justas transmissões da Volkswagen.
No entanto, todas essas evoluções fizeram com que o Sandero também ficasse mais caro. Para se ter uma ideia, o hatch em sua configuração mais simples Authentique 1.0 SCe parte dos mesmos R$ 42.400 que a topo de linha Dynamique valia em junho de 2014, quando foi lançado.
A versão testada (Dynamique 1.6 SCe) está avaliada em R$ 55.700, e olha que não oferece navegador GPS e nem sensor de estacionamento, opcionais, apenas pintura metálica.
Raio-x Renault Sandero Dynamique 1.6
O que é?
Hatch pequeno, quatro portas e cinco lugares.

Onde é feito?
Fabricado na unidade de São José dos Pinhais (PR).

Quanto custa?
Entrada - R$ 54.300
Testado - R$ 55.700

Com quem concorre?
O Sandero Dynamique 1.6, com caixa mecânica, concorre com Chevrolet Onix LTZ 1.4 (R$ 54.790), Fiat Palio Essence 1.6 (R$ 51.650), Ford Ka SEL 1.5 (R$ 54.690), Hyndai HB20 Comfort Style 1.6 (R$ 55.550), Nissan March SL (R$ 54.490), Toyota Etios XS 1.5 (R$ 51.190) e Volkswagen Gol Comfortiline 1.6 (R$ 49.630).

No dia a dia
O Sandero, assim como o Logan, é categorizado como automóvel pequeno. No entanto, oferece muito espaço interno e inclusive no porta-malas (320 litros), o que o torna apto para casais com filho pequeno que não podem optar por um sedã.
No uso cotidiano, a versão se mostra bastante satisfatória e inclui itens de série, como retrovisores e todas as janelas com acionamento elétrico. Ele ainda conta com direção eletroidráulica, mas sem carga progressiva, mas peca por não fornecer GPS e nem sensor de ré como item de série, apenas como opcional. Dois itens que são de extrema utilidade, mais que rodas de liga leve ou faróis de neblina – que fazem parte do pacote.

Motor e Transmissão
O motor 1.6 16v de 115 cv e 16,0 mkgf combinado com a nova caixa manual de marchas deu ao hatch mais vigor, sem comprometer a eficiência, devido ao novo escalonamento das marchas privilegiando o giro mais baixo.
O novo conjunto mecânico também ganhou suporte do sistema start/stop, que ao contrário da maioria dos carros em que o sistema é acionado quando o motorista mantém o carro parado e o pé no freio, este atua junto ao pedal da embreagem. Basta parar e colocar o carro em ponto morto que o motor é desligado. Para dar a partida, basta tocar no pedal da esquerda para que o motor volte a funcionar.

Como bebe?
A média de consumo no combinado entre trajeto urbano e rodoviário, com gasolina, foi de 12,9 km/l.

Suspensão e freios
Ambos seguem o padrão de qualquer hatch pequeno com suspensão McPherson na frente e eixo rígido atrás. Freios a disco à frente e tambores atrás. Um senão é a ausência do controle de estabilidade (ESP) que é disponível apenas nas opções com caixa automatizada.

Pontos positivos
- Consumo
- Desempenho

Ponto negativo
- Falta de ESP em todas as versões

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